26 - Feliz Natal

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Dei a volta no quarteirão e parei ma frente da casa, me inclinando sobre o banco e espreitando pela janela aberta. Sorri.

- E aí, senhores agentes, precisando de carona?

Dean me olhava, como se quisesse me matar, mas Sam riu e assentiu, abrindo a porta e entrando, ocupando o banco de trás. Dean sentou na frente.

- O que você está fazendo dirigindo a minha bebê? - Perguntou.

Revirei os olhos e dei a partida, seguindo na direção do motel onde estávamos.

- E aí? Deu a volta pela vizinhança? - Sam se chegou na frente.

Assenti. - Uhum. Nada de especial, várias decorações de natal... E vocês?

Dean me olhou, com uma expressão estranha. - Nunca mais dirige o meu carro!

Minutos depois, estávamos no quarto de motel, Sam procurando no seu laptop e eu estava sentada sobre a cama, limpando minha arma.

Dean chegou nesse momento, com comida, e eu larguei a arma, saltitando até o saco que ele colocara sobre a mesa e abrindo com a ponta dos dedos.

Dean franziu o cenho. - Estamos no natal, não na Páscoa, para ficar pulando que nem coelho. - Depois sorriu. - Mas se quiser, eu aceito passar a noite com uma coelhinha.

Olhei ele e fiz careta. - Que nojo. - E tirei minha comida.

- E aí, Sam? - Perguntou Dean, passando atrás de mim e dando um ligeiro empurrão nas minhas costas. - Achou alguma coisa?

Sam explicou que existiam lendas sobre o anti-papai noel. Um irmão maligno do papai noel que atacava quem tinha um mau comportamento. Dean achou isso ridículo, mas concordaram em irmos na vila do papai noel, uma atração que existia na cidade.

Bebi um gole da minha bebida e Dean sentou na minha frente. - Ainda sabe fazer aquela brincadeira de luzes com as suas mãos, certo?

Franzi o cenho. - Deixa de ser idiota.

- Mas sabe?

Dei de ombros. - Porquê?

- Ora, você escutou o Sam. Coisas pagãs... Não sabemos ao certo com o que estamos lidando.

Olhei Sam e ele sorriu. Revirei os olhos.

- Acho que deveríamos comemorar o natal, esse ano. - Disse Dean.

Troquei um olhar com Sam e ele olhou o irmão. - Porquê?

- Ora, porque é natal. - Disse Dean.

Sam assentiu, devagar, e depois pegou sua comida. - Minhas recordações do natal não são muito boas, Dean.

Olhei os dois. Algo existia ali, entre eles, mas eu não iria comentar.

No dia seguinte, visitámos a atração de natal, mas não achámos nada que nos ajudasse. Em contrapartida, um novo ataque foi feito, e os meninos foram investigar, me deixando no Impala.

Aproveitei e liguei para o Bobby, explicando o caso, talvez ele já tivesse achado algo assim ou soubesse de algo que pudesse ser útil.

Quando os meninos regressaram, vinham falando sobre decorações de natal, em específico uma feita com Filipino, uma planta usada em rituais pagãos.

- Tá, obrigada Bobby. - Desliguei quando os rapazes entraram e me olharam de forma curiosa. - Falei com o Bobby.

- E? - Disse Dean.

- Primeiro, nos chamou de idiotas, depois disse que estamos lidando com deuses.

Sam franziu o cenho. - Deuses pagãos?

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora