Semanas depois...
Dean estava rodeado por dois demónios que seguravam ele, o mesmo acontecia com Sam.
Eu estava na frente dos garotos, um pouco afastada, de frente para eles, com um demónio de cada lado, segurando meus braços com força, enquanto um terceiro ficava andando para lá e para cá, falando e se achando o melhor.
Ele riu e encostou o dedo no meu rosto, descendo pelo pescoço e mordendo a língua.
- Vou adorar me divertir com você, bonitinha. Mal posso esperar por esse seu sangue escorrendo pelo seu pescoço.
Encarei ele, vendo Dean, do outro lado, tentando se libertar, sacudindo os demónios, mas sem sucesso.
- Vai se fuder. - Falei.
O demónio riu e depois encostou o rosto no meu pescoço, respirando fundo.
- Sabe? Seu cheiro é familiar. - Se afastou. - Quem é você?
- Deixa ela! - Gritou Dean.
O demónio o olhou. - Mandei você falar? E quem se importa com o que você fala? Daqui a nada estará morto. - Balançou a mão como se Dean fosse insignificante e me olhou de volta. - Agora nós.
Ergueu a mão para o meu rosto, mas Dean gritou de novo, e o demónio fechou os olhos, antes de se afastar de mim e se aproximar de Dean, parando bem na sua frente.
- Porque você se importa com ela, afinal? É sua namorada? Porque se for, eu vou deixar você assistir.
Dean o encarou. - Você vai assistir ao meu pé entrando no seu traseiro, seu merdoso.
O demónio riu. - Adoro esses sentimentos que caçadores criam uns pelos outros, como se fossem uma grande e bonita família. Mas depois, quando precisam de ajuda, viram as costas uns para os outros.
Dean continuava encarando ele. - Eu lutarei por ela. - Me indicou com o queixo. - Até não restar mais nada de mim.
O demónio ficou olhando ele, bem como eu e Sam.
Franzi o cenho. O que dera nele?
Tentei me libertar, mas o aperto nos meus braços só piorou e quando vi o demónio erguendo a mão para o Dean, fiz o que o instinto me disse.
- Não! - Gritei. - Faz comigo! Me mata, mas deixa eles! Deixa ele!
O demónio me olhou. - Daria sua vida por... ele?
Esperei, olhando ele, e o demónio se aproximou de mim.
Vi Dean fechando os olhos e estremecendo, como se estivesse me chamando de burra com todas as suas forças, mas ao mesmo tempo preocupado com a minha segurança. Mas tinha algo dentro de mim, se mexendo feito um rio selvagem, e eu iria seguir o instinto.
- Você não é normal, sinto isso. - Disse o demónio. - Mas... Por ele? O que ele tem de especial?
Fechei os olhos, respirei fundo, e quando abri, pude ver a surpresa nos olhos do demónio e a confusão no rosto dos Winchester.
- É família.
Soltei uma onda de poder, que saiu do meu corpo e lançou os demónios pelo chão, incluindo os que seguravam os irmãos, e depois abri a mão, fazendo minha pulseira escorregar e tomar a forma da vara de metal, com cabeça de cobra.
Nesse momento, o demónio, agora no chão, abriu muito os olhos.
- Uma cobra... - Me olhou e vi compreensão no seu olhar. - Não é possível.
Lancei os demónios que se aproximavam de mim contra a parede, com a vara, e depois me aproximei dele, colocando a ponta do sapato no seu pescoço, já que ele estava deitado.
- O que quer dizer com isso? - Perguntei. - O que você sabe?
Ele riu. - Você não sabe? - Riu de novo. - Pensei que você fosse apenas uma lenda, Rebekah.
Franzi o cenho. - Pára de entrar na minha mente para saber o meu nome.
- Pensa, me sentiu entrando? - Riu. - Querida, eu não consigo ler seus pensamentos, mas seu nome é conhecido por todos nós.
Aquilo estava me deixando ainda mais confusa e irritada.
- O quê?
Ignorei, por momentos, os Winchester lutando contra os outros demónios, aquele ali sabia quem eu era.
- O que você sabe? - Perguntei. - Fala!
Ele sorriu. - Vai ter de me matar, porque eu não vou dizer nada. Mas aviso já, não falha. Porque se falhar, eu vou torturar seus amiguinhos ali. - Riu de novo. - Nossa, você nem sabe quem é! Quais as probabilidades disso? Seu pai sabe que você está viva? Deve saber. - Me olhou de forma divertida. - E ele vai te encontrar e seus amigos vão morrer.
Respirei fundo, ergui a vara e espetei no seu peito, vendo ele gritar morrer de verdade, dentro do corpo do humano que possuira.
Puxei a vara de volta, confusa, assustada e senti ela voltando na sua forma de pulseira, enquanto Dean e Sam terminavam de matar os demónios que sobraram.
Passei a mão pelo cabelo, me sentindo estranha, e foi quando escutei alguém correndo para mim e me segurar pelos ombros, se colocando na minha frente.
- Você está bem? Não acredita em nada do que ele disse! - Disse Dean.
Olhei seu olho verde. - Ele sabia quem eu era.
Sam se aproximou e vi confusão nos seus rostos, mas no do Dean, parecia muito pior.
- Como assim?
Dei de ombros. - Ele sabia... Ele falou sobre o meu pai, como se ele estivesse vivo, mas o meu pai... está... morto.
- Demónios brincam com a nossa mente. - Disse Sam.
Neguei. - Não dessa vez.
Dean me puxou para si, me abraçando forte.
- Vamos descobrir. E vamos descobrir também como você fez aquilo, porque foi assustador. Parecia um deles e não um de nós. - Riu fraco.
Assenti e depois me afastei. - Segui o instinto.
Dean assentiu e me indicou com a mão e depois para Sam. - Vocês dois são muito esquisitos.
Sam sorriu fraco e eu imitei ele, mas olhei o corpo morto do demónio.
Dean tocou no meu ombro. - Vamos sair daqui.
Enquanto saíamos da casa abandonada, me aproximei de Dean e segurei o seu braço, enquanto Sam entrava no Impala.
Ele me olhou, esperando.
- Aquilo era verdade? - Perguntei.
- O quê?
- Você lutaria por mim?
Dean passou a lingua pelos lábios e sorriu. - Ora, tinha de parecer convincente, né? Estava tentando distrair ele.
Cruzei os braços. - Dean.
Ele suspirou e passou a mão pelo rosto.
- Lutaria, lutaria sim, contente? Você lutou por mim, não desistiu, nunca. - Me olhou, parecendo desconfortável. - Eu faria o mesmo por você.
Me deu as costas e entrou no Impala, ligando ele e esperando que eu entrasse.
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Blake
FanfictionQuando a busca pelo seu pai se torna em uma caça ao demónio de olhos amarelos e á busca pela Colt, Dean e Sam encontram uma pista: um caçador de nome Blake. Mas quando finalmente acham o portador desse nome, encontram uma mulher, Rebekah Blake, que...