5 - Investigação

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Saí do banheiro, onde eu sempre trocava de roupa, por causa dos rapazes, e passei a mão na minha roupa, ajeitando, e depois ergui o olhar, vendo os dois Winchester me olhando como se eu fosse uma estranha.

Eu vestia um conjunto negro. A parte de cima, de manga longa, presa com um botão abaixo dos seios, deixava ver apenas um pouquinho da blusa escura, por baixo. E saia ficava abaixo do joelho, mas era colada no corpo. Nos pés, coloquei um sapato de salto, negro e prendera o cabelo num delicado e cuidado coque.

Franzi o cenho. - O que foi?

Sam abriu a boca, mas Dean percorreu cada centímetro do meu corpo com o olhar, chegando mesmo a morder o lábio, antes de regressar nos meus olhos.

Cruzei os braços. - Quer parar?

Ele sorriu. - Nossa, eu sabia que você não deveria ser a colegial.

Sam olhou ele. - É uma faculdade.

Dean ergueu a mão, agitando ela no ar, me olhando. - Tanto faz.

Revirei os olhos e me aproximei, pegando o meu cartão falso. Sorri.

- Melissa Meyers?

Sam me sorriu e deu de ombros. - Não consegui pensar em nada melhor.

Dei de ombros e assenti. - Tudo bem. Vamos?

Passei do lado de Dean e coloquei o dedo em baixo do seu queixo, empurrando para que ele fechasse a boca, e saí do motel.

Horas depois, eu estava dentro do impala, com Dean, olhando a faculdade e mexendo no laptop do Sam.

- Acha que ficou aí?

Olhei Dean e depois a faculdade, e de novo para ele.

- Quê?

- O espírito. Deve ser um espírito.

- E se não for?

Ele me olhou. - Que mais poderia ser?

Sorri. - Tá. Vamos? - Fechei o laptop.

Saí do carro e depois parei, esperando Dean, que me olhou de forma curiosa.

- Que tipo se investigador do FBI usa um impala?

Ele estreitou os olhos. - Não fala mal.

Eu ri. - Não falei. Credo.

Entrámos no edifício, e deixei Dean falar, preferindo olhar em redor, observando cada detalhe.

Meu pai falava que eu era muito observadora e que tinha algo que era incrível em um caçador: eu parecia ter um sexto sentido para seres sobrenaturais.

Eu nunca soube explicar isso.

Enquanto Dean seguia com a diretora, uma mulher na casa dos cinquenta, com óculos balançando na ponta do nariz, eu ficara para trás.

Ainda lembrava da notícia que vira com o Sam e procurei a sala de aula que eu vira.

Acabei entrando na sala errada, onde um homem estava sentado atrás da secretária, mexendo em papéis. Ele ergueu a cabeça para mim.

- Pois não?

Tirei o cartão do bolso. - Agente Meyers, FBI. - E guardei o cartão.

Ele levantou, tirando os óculos e se aproximou. - Ah... As mortes...

Sorri, assentindo. - Será que pode me ajudar?

Ele sorriu. - Se eu disser que é estranho, isso basta?

Eu ri de forma delicada. - Não, lamento.

Ele suspirou e se lançou em uma descrição da vítima mais recente e de como não acreditava que aquilo tivesse acontecido. De novo.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora