6 - Diferente

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- Onde está o Sam?! - Gritei. - Porque está demorando?

Corri pelos corredores da faculdade e tirei o celular do bolso, marcando o número do Sam.

- Atende! Atende Winchester junior!

- Bekah.

- Cadê você? Essa merda está nos matando!

- Estou quase terminando! Eu tenho de escavar um túmulo, lembra?

Desliguei e parei, olhando em volta. Para onde aquele espírito idiota fora?

De repente, escutei algo se quebrando.

- Dean.

E corri na direção do som, chutando a porta quando cheguei na sala de aula.

Dean estava parado junto de uma parede, com uma expressão de dor no rosto, sua arma no chão, afastada dele, e o espírito de uma garota na sua frente.

- Hey! - Gritei.

A garota me olhou e Dean abriu um olho.

- Sai daqui, Bekah. - Disse ele, com esforço.

Sorri. - Não. - Destravei a arma que tinha as balas de sal e mirei o espírito. - Deixa ele.

A garota se aproximou de mim. - Você... Tem alguma coisa...

Assenti. - Tenho sim, uma morte definitiva para você.

Atirei e o espírito sumiu, libertando Dean, que caiu de joelhos no chão, respirando com dificuldade.

Corri para ele e abaixei do seu lado, tocando nos seus ombros.

- O Sam? - Perguntou.

- Tratando de queimar os ossos, mas está demorando.

- Cuidado! - Disse Dean.

Senti algo forte no meu pescoço, como se alguma coisa estivesse apertando demasiado forte.

Levantei, e toquei no meu pescoço, mas não tinha nada ali. Girei, devagar e vi que era o espírito da garota. E ela me sorria.

- Você vai morrer. - Disse ela. - Todas as garotas bonitas vão para o inferno.

De repente, senti algo mudar dentro de mim e senti uma explosão de poder dentro do meu peito, que me fez fechar os olhos e, quando abri, vi o espírito me olhando de forma assustada. Sorri. Depois, com uma voz que não era minha, minha boca se abriu.

- Querida, eu já estive lá.

Ergui a mão e lancei o espírito na parede, sentindo o poder estranho me abandonar.

- Bekah! - Dean se aproximou de mim, me segurando pelos ombros. - Que merda foi essa?

Franzi o cenho e olhei ele. - Eu... Eu não sei.

Dean passou a mão pelo meu rosto e me mostrou a ponta dos seus dedos. Estavam manchados de sangue.

Franzi o cenho.

- Seu nariz. - Falou.

O espírito surgiu novamente e eu peguei a arma, mirando ele e atirando uma e outra vez, querendo afastá-lo de mim.

Então, do nada, o espírito colocou a cabeça para trás, e começou a arder, até sumir por completo.

Abaixei a arma e toquei no nariz, olhando os dedos.

O celular do Dean tocou e ele atendeu, mas sempre me olhando.

- Sim, resultou, mas temos um problema e eu acho que é bem maior. Sim, estamos indo. Não sai daí. - Desligou e pegou no meu pulso. - Vamos, temos de sair daqui e pegar o Sam.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora