9 - Eu Sei O Que Você É

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Eu estava sozinha no quarto do Dean, sentada em uma cadeira junto da cama. Coloquei a minha mão na dele, apenas porque me sentia pessimamente por vê-lo assim. E de repente, as lágrimas vieram.

Abaixei a cabeça, encostando a cabeça no braço dele, e senti as lágrimas caírem pelo meu rosto. Depois de alguns minutos, ergui a cabeça e limpei as lágrimas com a mão livre e sorri.

- Quem diria, eu chorando por você. - Ri, olhando o corpo imóvel do Dean. - Você é um babaca, um tremendo idiota, mas fazer o quê? - Respirei fundo. - Não morre, por favor. Você e o Sam são a minha família, agora. Não sobrou mais ninguém para mim. - Estiquei a mão e toquei na sua cabeça, mexendo no seu cabelo. - Eu não te odeio, apesar de dizer que sim.

Nesse momento, senti algo no meu ombro, algo forte, e me transmitindo uma sensação de conforto.

Ergui as sobrancelhas e olhei o rosto do Dean. - É você. - Falei num sussurro.

Sam entrou no quarto, junto com John e os dois pararam ao me ver, mas Sam se aproximou, preocupado e percebendo que algo não estava bem.

- Bekah, o que houve?

Olhei ele e depois olhei o meu ombro.

- O Dean.

- O que tem ele? - Perguntou John.

Ergui o olhar para o Winchester mais velho. - Ele está aqui.

Os dois ficaram bastante perturbados e Sam franziu o cenho.

- Aqui?

Assenti. - Ele está ligado na máquina, mas seu espírito está aqui. Eu sei. Ele... Eu consigo senti-lo.

- Como você consegue? - John se aproximou mais. - Quer dizer que meu filho morreu?

- Não. Ele está lutando para manter o corpo.

Sam negou com a cabeça. - Como você sabe?

Dei de ombros. - Eu não sei. Apenas... sinto. - Levantei e respirei fundo. - Não acreditem em mim, por mim tudo bem. Ele está aqui, ele tocou no meu ombro. E eu vou fazer de tudo para salvá-lo.

Tentei me afastar, mas John agarrou o meu braço.

- Como vai fazer um Ceifeiro mudar de ideia? É impossível.

De repente, um copo de água que estava sob a mesa de apoio, voou e se estilhaçou na parede do outro lado do quarto.

Nós três trocámos um olhar e depois olhámos o copo.

- Tá. - John me soltou. - Ele está aqui.

Aquilo pareceu deixá-lo perturbado.

Respirei fundo.

- Vamos agir. Sam, temos de achar uma forma de comunicar com ele. Talvez o Dean saiba onde está o Ceifeiro e nos ajude a chegar a ele. Tem de ter uma forma de matá-lo.

Sam assentiu. - Podemos achar um jeito de falar com ele. Podemos jogar um jogo. - Ele sorriu.

Revirei os olhos, mas sorri.

- Podemos tentar. Então trata disso. Eu irei dar uma volta pelo hospital, já que consigo sentir o Dean, talvez ele me ajude a achar o Ceifeiro. - Olhei John. - Você mantém o Dean seguro?

John assentiu. - Claro que sim.

Assenti e ergui as mãos. - Então vamos.

Saí com Sam, descendo o corredor, e ele me olhou.

- Isso é estranho. - Disse ele. - Você sentir e ver essas coisas.

Respirei fundo. - Isso me deixa morrendo de medo, mas se eu conseguir ajudar o seu irmão, por mim tudo bem. - Parámos e eu olhei ele. - Quando regressar, me avisa.

BlakeOnde histórias criam vida. Descubra agora