Eu estava sozinha no quarto do Dean, sentada em uma cadeira junto da cama. Coloquei a minha mão na dele, apenas porque me sentia pessimamente por vê-lo assim. E de repente, as lágrimas vieram.
Abaixei a cabeça, encostando a cabeça no braço dele, e senti as lágrimas caírem pelo meu rosto. Depois de alguns minutos, ergui a cabeça e limpei as lágrimas com a mão livre e sorri.
- Quem diria, eu chorando por você. - Ri, olhando o corpo imóvel do Dean. - Você é um babaca, um tremendo idiota, mas fazer o quê? - Respirei fundo. - Não morre, por favor. Você e o Sam são a minha família, agora. Não sobrou mais ninguém para mim. - Estiquei a mão e toquei na sua cabeça, mexendo no seu cabelo. - Eu não te odeio, apesar de dizer que sim.
Nesse momento, senti algo no meu ombro, algo forte, e me transmitindo uma sensação de conforto.
Ergui as sobrancelhas e olhei o rosto do Dean. - É você. - Falei num sussurro.
Sam entrou no quarto, junto com John e os dois pararam ao me ver, mas Sam se aproximou, preocupado e percebendo que algo não estava bem.
- Bekah, o que houve?
Olhei ele e depois olhei o meu ombro.
- O Dean.
- O que tem ele? - Perguntou John.
Ergui o olhar para o Winchester mais velho. - Ele está aqui.
Os dois ficaram bastante perturbados e Sam franziu o cenho.
- Aqui?
Assenti. - Ele está ligado na máquina, mas seu espírito está aqui. Eu sei. Ele... Eu consigo senti-lo.
- Como você consegue? - John se aproximou mais. - Quer dizer que meu filho morreu?
- Não. Ele está lutando para manter o corpo.
Sam negou com a cabeça. - Como você sabe?
Dei de ombros. - Eu não sei. Apenas... sinto. - Levantei e respirei fundo. - Não acreditem em mim, por mim tudo bem. Ele está aqui, ele tocou no meu ombro. E eu vou fazer de tudo para salvá-lo.
Tentei me afastar, mas John agarrou o meu braço.
- Como vai fazer um Ceifeiro mudar de ideia? É impossível.
De repente, um copo de água que estava sob a mesa de apoio, voou e se estilhaçou na parede do outro lado do quarto.
Nós três trocámos um olhar e depois olhámos o copo.
- Tá. - John me soltou. - Ele está aqui.
Aquilo pareceu deixá-lo perturbado.
Respirei fundo.
- Vamos agir. Sam, temos de achar uma forma de comunicar com ele. Talvez o Dean saiba onde está o Ceifeiro e nos ajude a chegar a ele. Tem de ter uma forma de matá-lo.
Sam assentiu. - Podemos achar um jeito de falar com ele. Podemos jogar um jogo. - Ele sorriu.
Revirei os olhos, mas sorri.
- Podemos tentar. Então trata disso. Eu irei dar uma volta pelo hospital, já que consigo sentir o Dean, talvez ele me ajude a achar o Ceifeiro. - Olhei John. - Você mantém o Dean seguro?
John assentiu. - Claro que sim.
Assenti e ergui as mãos. - Então vamos.
Saí com Sam, descendo o corredor, e ele me olhou.
- Isso é estranho. - Disse ele. - Você sentir e ver essas coisas.
Respirei fundo. - Isso me deixa morrendo de medo, mas se eu conseguir ajudar o seu irmão, por mim tudo bem. - Parámos e eu olhei ele. - Quando regressar, me avisa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Blake
FanfictionQuando a busca pelo seu pai se torna em uma caça ao demónio de olhos amarelos e á busca pela Colt, Dean e Sam encontram uma pista: um caçador de nome Blake. Mas quando finalmente acham o portador desse nome, encontram uma mulher, Rebekah Blake, que...