Capítulo 1

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🐝Laura Oliveira🐝

- Você vai ficar bem? Eu posso recusar e ir amanhã mesmo

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- Você vai ficar bem? Eu posso recusar e ir amanhã mesmo. - reviro os olhos enquanto dirijo.

- Eu vou ficar bem mãe. Não é como se eu nunca tivesse ficado sozinha antes ok? - falo e ela concorda.

Após desligar o celular volto a prestar atenção na estrada, só tem verde nesse lugar.

Além de chuva e frio, tudo o que eu mais odeio. Qual é, eu sou carioca. Quero meus cinquenta graus na pele.

Finalmente cheguei em Forks, estaciono na casa que minha mãe comprou. É muito bonita dois andares e distante da cidade, sem vizinhos ou seja paz.

Levo as malas para dentro e me jogo no sofá cansada, minha mãe contratou alguém para cuidar de tudo. Decoração comida e etc.

Solto um suspiro triste me sentindo sozinha, uma lágrima desce mas eu logo seco.

Vir para cá foi ideia da minha mãe, perdi meu namorado a um mês. Nós namoramos por um ano e meio e descobrimos que ele tinha leucemia quando completamos cinco meses de namoro.

O estado já era avançado e não tinha muito o que fazer, entrei em desespero mas o Beto me acalmou e disse que queria aproveitar o máximo que podia comigo.

Fizemos muitas coisas juntos, estava com ele durante todo o tratamento para dar a ele alguns meses a mais.

Já sabíamos o que iria acontecer mas mesmo assim eu não estava preparada, ele parecia tão bem que as vezes eu até esquecia por alguns momentos.

E foi o que aconteceu no dia que ele morreu, ele me levou para um jantar romântico na praia.

Conversamos por horas e fizemos amor até o dia amanhecer, depois voltamos para sua casa de praia.

Dormimos juntos mas quando eu acordei...ele estava morto, eu não sabia o que fazer e só chorei abraçada a ele.

Só consegui ligar para minha mãe meia hora depois, ela avisou os pais dele é todos foram até lá.

Eu ainda estava chorando abraçada a ele, minha sogra me abraçou e me confortou. Mesmo estando pior que eu, ela me ajudou muito. Por diversas vezes quase desisti mas ela estava lá segurando minha mão.

Eu fui no enterro mas não consegui ficar por muito tempo, tínhamos um futuro planejado.

Mas aquela maldita doença tirou tudo de nós dois, então mamãe resolveu se mudar para cá.

Uma cidade calma me faria bem de acordo com ela, mas eu sei que minha mãe está triste e preocupada comigo então aceitei.

Fui várias vezes no psicólogo durante o tratamento dele, e principalmente esse mês.

Me sinto melhor, a dor no peito já não parece que vai me matar a qualquer minuto.

Estou melhorando, estou fazendo o que minha sogra aconselhou...seguindo em frente.

Ele me disse isso todas as vezes que eu chorava ou ficava triste, ele disse que doía muito mais me ver triste do que a doença em si.

Preciso seguir em frente, foi o que ele me fez prometer. Amanhã começo em uma escola nova e já prevejo que será uma merda ser a aluna nova estrangeira no meio do ano.

Sério, se algum desses gringos me perguntar se eu tenho um macaco de estimação eu vou surtar.

De onde eles tiraram isso?

Bufo me levantando e indo até a cozinha, os armários e a geladeira estão cheias.

E tem várias comidas brasileiras que minha mãe deve ter pago uma fortuna para a moça achar isso.

Pego dois miojos e faço um copo de suco, estou quase quinze horas sem comer.

Maldito avião me deixou do avesso, já estava vendo passarinhos voando de tão mal que fiquei.

Como tudo e lavo a louça, depois vou até meu quarto levando duas malas e volto para buscar as outras duas.

Meu quarto é azul escuro bem minha cara, um closet pequeno, uma cama de casal, uma penteadeira, uma mesinha de estudos e o banheiro.

Tomo um banho rápido sentindo meu corpo mais cansado do que o esperado e visto apenas umas blusa grande e me deito me cobrindo até o pescoço.

Ainda bem que a casa tem aquecedor ou eu morreria congelada aqui, Deus me livre que lugar frio.

Amanhã vai ser um sofrimento só, nem saí de casa e já quero voltar. Que Deus me ajude a não morrer entediada nessa cidade.

Luz e Alegria - Edward CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora