três

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Dei uma espreguiçada gostosa enquanto estava sentada na cama. Acabei de acordar e logo vou pro celular. Já era 8:30.

OITO E MEIA?!?!

Nossa mano. Pré-treino caro só é oferecido uma vez em anos e justo hoje eu acordo tarde.

Levanto como um vulto e corro pro banheiro, tomar um banho gostosinho.

Saindo, coloco uma roupa de exercícios e amarro o cabelo me olhando no espelho.

Não tinha nenhuma mensagem do Richarlison desde o de ontem quando me mandou seu endereço. Eu achei estranho. Ele desistiu?

Dou de ombros e decido ir assim mesmo. Se for pra acontecer alguma coisa, tenho que agir também, né?

Pego as chaves de casa e peço o uber que chega minutos depois.

...

Chegando em frente ao casarão do moleque, toco a campainha e espero até ser atendida.

Ele abre a porta e não larga o sorriso assim que me vê.

- Bom dia, bela adormecida. - Ele abre espaço para eu passar.

- Bom dia. - Digo com o tom impaciente.

- Acordou com o pé esquerdo, foi?

- Pra sua informação, eu sou canhota.

Ele ri do meu comentário e então me conduz até a sua academia.

- Sim. E o pré-treino?

- Você é toda ansiosa, né? Nem espera.

O garoto diz, se aproximando devagarinho em minha direção. Ele chega tão perto que me faz colocar as mãos em seu peitoral para o afastar.

- Tá tudo bem ai? Precisa de alguma coisa? - Digo sarcástica, não entendo o que estava acontecendo.

- Você pode tirar o meu colar? Vai atrapalhar no meu treino.

- Você não tem mão, não?

- Eita coice bem dado. Eu só quero uma ajudinha.

- Vira ai, então.

Ele fica de costas pra mim, e então eu tiro seu colar. Consigo ver sua pele arrepiada com o meu toque.

- Vai fazer o pré, ou não?

- Bora, sua viciada em pré-treino.

Ele vai para trás de mim e segura meus ombros, me empurrando para o pequeno espacinho que tinha na academia do moleque.

- Chocolate ou morango?

- Morango. - Digo felizinha.

- Eu hein. - Ele ri com o meu jeito, começando a preparar a mistureba. - Vou ser bem sincero com você. Sua cara é bem mais feia pessoalmente.

- Tá me tirando, maluco. Do nada manda uma dessas. E você é bem mais narigudo do que nas fotos.

- Baixinha.

- Mata ar.

- Pochete. - Ele diz se aproximando de mim.

- Seu calvo.

Assim que termino de falar, sinto seus lábios no cantinho dos meus. Como se ele tivesse pedido permissão para me beijar.

Ele se afasta, olhando nos meus olhos, com um sorriso besta na cara.

E movida pela queimação que eu sentia em mim, dou um selinho demorado em seus lábios. E ele começa a aprofundar mais, colocando uma das mãos na minha cintura. Nos separamos depois de um tempo.

Mina de Ipanema || RicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora