Mina de Ipanema || Richarlison

dezenove

Após alguns minutos de enrolação, Richarlison me para, e eu continuava de olhos fechados.

- Posso abrir??

Digo, impaciente, enquanto escutava ele mexer em alguma coisa na minha frente.

- Calma, princesa. Pra quê essa ansiedade toda?

Ele diz e eu bufo em seguida, cruzando os braços.

- Pronto, pode abrir.

E assim que ele diz, eu abro os meus olhos, me deparando com a piscina na minha frente.

Quando olho para o lado, do nada Richarlison estava deitado todo posista* em um pano, no chão, com algumas comidas ao redor.

Era um piquenique na piscina. Que amor!

- Cê arrumou tudo isso?

Digo com os olhos brilhando, me sentando na frente dele.

- Eu fiz. Ainda enrolei a trupe pra deixar a gente a sós aqui.

Rio da sua fala, pegando uma uva para comer.

- Mas porque? É algum dia especial? Achava que você tava cansado.

- Porque eu sou romântico.

Paro um momento pra raciocinar e caio na gargalhada ao lembrar da conversa que tivemos sobre eu não achar ele tão romântico.

O pobe levou a sério e fez isso tudo. Que adorável.

Fui até ele, que parecia confuso com a minha reação, e dou um selinho no mesmo, sorrindo boba.

- Cara. Cê é muito fofo quando quer, sabia?

- Claro. Um 10/10 que nem eu. Zero defeitos.

Ele se esnoba, fazendo cara de deboche, todo comediante.

- Deixa pra lá. Quebrou o clima.

Faço uma cara de nojo, entrando na brincadeira e de repente ele pula em cima de mim, começando a fazer cócegas.

O doido queria me matar.

Eu começava a rir desesperadamente, lutando pra encontrar ar enquanto ele ficava sobre mim, fazendo cosquinha em minha cintura e no meu pescoço.

Gritava pra ele parar. Até sentia minha circulação toda indo pra cabeça. Certeza que estava toda vermelha.

Richarlison para, ofegante de tanto rir e se joga ao meu lado. Nós respirávamos feito desesperados.

- Eu vou te agredir tanto, ó... Que você nem sabe.

Provoco, ainda respirando fundo. Ele apenas da uma risadinha, virando pra mim.

E eu me viro pra ele também. O olhar fixo no outro e a respiração ofegante.

Ele solta um sorrisinho ladino e pega a minha mão.

- Vamo entrar na piscina? - Ele diz trazendo minha mão até o coração dele, que batia forte.

- Eu vou ter que ir lá pra cima, pegar minha roupa de banho.

- E se eu te disser que eu trouxe?

- Caraca, você pensou até nisso?

Ele sorri todo orgulhoso e com um impulso se levanta, logo me ajudando a levantar também.

- Tá ali na sacola. Tem um banheiro ali atrás.

- Você também vai trocar?

- Vou sim. Donti uori. (Não se preocupe, em inglês abrasileirado)