vinte e nove

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~ Richarlison on ~

De um tempo pra cá eu me senti estranhamente mais carinhoso. De verdade. S/n causava coisas em mim que nenhuma outra já causou.

Mas parecia que quanto mais eu tentava ser carinhoso, mais o clima ficava estranho.

O momento da piscina; ainda hoje de manhã, na cama; ou no café.

Eu tentava parecer natural, com caricias e tudo mais, mas sempre vinha uma tensão depois.

Só que eu não posso reclamar sempre, né? Todos esses momentos me fizeram conhecer a S/n um pouco mais, e eu me apaixono por cada coisa desse novo.

E hoje eu estava disposto a dar um passo a frente.

Acabou a copa pra gente e nós ainda estávamos juntos. Isso significa que nosso acordo já tinha acabado.

E como esse lance de um futuro pra gente já não me assustava mais, hoje no parque vou declarar os meus sentimentos pra ela.

E pedir a Deus que ela ainda sinta o mesmo por mim.

Já era perto das 15h quando decidimos nos arrumar. Ela estava no banho enquanto eu colocava um cordão prata no pescoço, de frente pro espelho pra dar uma visu no visu.

Eu vestia uma regata preta larga, uma bermuda jeans escura e um tênisin da adidas.

Foi quando escutei o barulho da porta abrir, mas ela não saiu do banheiro.

- Amor... Pega a toalha pra mim ai em cima da cama? Trouxe a roupa mas esqueci a toalha.

Ela diz entre a frecha da porta e eu prontamente vou até a toalha e logo me dirijo até a porta que só tinha seu braço do lado de fora.

Nem entendi muito bem, eu já dormi com ela.

Mas dou de ombros, entregando a toalha, sentindo essa pequena pressão de novo.

...

A gatinha usava uma cropped preta com um casaco jeans por cima. Uma calça que vinha até a cintura e era larga nas canelas. Usava uma rasteirinha preta e estava de cabelo amarrado.

Eu amava quando ela amarrava o cabelo e puts que perfume bom.

- Tá cheirosa.

Comento enquanto estávamos parados na frente pra porta, do lado de fora, esperando o Uber.

Ela vem até a minha frente, ficando bem pertinho, e ergue a cabeça quase que em 90° só por causa da nossa diferença de altura.

Dou um sorriso bobo quando percebo seu rostinho manhoso.

- Você gostou mesmo?

Ela pergunta pondo as mãos nas minhas costas e eu logo seguro seu rosto, dando um beijo em seu nariz.

- Poderia ficar te cheirando o dia todo...

Me aproximo de seu pescoço, dando uma cheirada gostosa e um beijinho. Consigo ver sua pele toda arrepiada.

Mas logo nos dispersamos pelo carro do uber que havia chegado.

Logo, entramos no carro.

...

Chegando no parque eu ligo pra um dos meus amigos e assim saio caçando o grupo que já estava reunido.

Quando então vejo mais ou menos uns 3 casais e vou até eles.

- Helou mai frien!

Cumprimento os macho com um abraço. Às meninas, só um sorrisinho simpático.

Apresento a S/n pros meus amigos com o meu inglês de outro mundo e logo nos apressamos em entrar na fila pra comprar os ingressos.

Decidimos ir no carrinho bate-bate primeiro.

A noite começou bem light. E já tinha passado um tempo desde que chegamos.

Eu queria conversar com a S/n em um lugar reservado, mas sempre que eu tentava conversar com ela, chegava um doido querendo ir em algum outro brinquedo.

E ela até parecia evitar ficar sozinha comigo.

No começo eu não me importava muito, mas o negócio começou a ficar irritante porque o sol já estava se pondo e a única coisa que consegui fazer com ela foram abraços e mãos dadas.

Até que eu paro pra ver os últimos dois ingressos que faltavam... Eu só tinha uma chance pra ficar a sós com ela.

Olho ao meu redor e como que um sinal vindo do céu, um holofote enorme ilumina a roda gigante.

A RODA GIGANTE. Como eu não tinha pensado nisso antes.

- Pretinha, vamo na roda gigante?

Ela olha hesitante por um momento pra roda e depois foca em mim.

- Pode ser, sim.

Digo aos meus amigos que iriamos nos afastar, tentando esconder a alegria. E assim que combinamos um lugar para nos reencontrar, eu a puxo pra fila da roda gigante.

Ela parecia um pouco tensa, e eu não conseguia deixar aquilo de lado.

- Tá tudo bem, amor?

- Tá sim. - Ela da um sorriso quadrado, segurando o meu braço.

- Tô vendo ai. Bem natural. - Ela ri, dando um tapinha no meu braço.

- É que eu tenho um pouco de medo, mas da pra ir. Tranquilo.

Aquilo quebrou as minhas pernas. Proteger ela ou ter minha chance de falar com ela?

- Eu te protejo. Sempre vou.

Ela solta um sorriso bobo, e eu dou graças a Deus internamente por ter pensado nessa frase.

Vai dar certo.

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É HOJE FML, É HOJE

Mina de Ipanema || RicharlisonOnde histórias criam vida. Descubra agora