Onde S/n Silva é uma influencer famosa e faz todos cairem de amores a sua volta. Mas a fama sempre tem um preço...
Ou
Onde Richarlison, jogador da seleção brasileira, busca algo novo na vida e esse novo as vezes pode decepcionar. Ou não 🤨
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Quando abro os meus olhos, o quarto estava todo claro. A cortina estava aberta e a luz do sol batia nas paredes brancas do lugar.
Olho para o lado, ainda um pouco desnorteada e lá estava aquele narigão virado pra mim.
Sorrio ao vê-lo dormir feito uma pedra, lembrando do quanto a noite foi boa.
Depois de tudo, a gente teve um papo gostosinho com umas carícias pra lá e pra cá. E ai ele acabou dormindo primeiro. Mas agora tava na hora de acordar, né.
Cutuco a barriga dele e esse se espanta. A cara inchada e sonolenta, trazendo um sorriso torto.
- Bom dia, princesa. - Ele diz com a voz rouca, se espreguiçando, logo passando a mão pelo meu braço.
- Bom dia bela adormecida. Tá na hora de ir pro treino.
O oxigenado arregala os olhos, espantado, e dá um pulo da cama. Ele pega a roupa do chão e corre a vestindo, mas logo volta para dar um beijinho na minha testa.
- Ontem foi muito bom. - Ele diz, todo frouxo.
- Corre, se não chega atrasado.
Damos uma risadinha e ele vai todo desengonçado pra fora do quarto.
mEu dEuS o que foi que acabou de acontecer.
Sem dúvida alguma, o meu plano de não ser só uma noite foi por água a baixo. Talvez depois da copa ele me largue por uma loira peituda.
Aí o sentimento de ser descartável voltou. Eu odeio esse sentimento. Já vivi coisa o suficiente pra saber que esse lance não é mais pra mim.
Mas que droga.
E se eu falar com ele e o moleque fugir?
Quer saber.
Vou deixar fluir. Tenho até o fim da copa pra decidir se esse lance continua ou não. Mas se não der, pode apostar que não vou beijar uma boca tão cedo.
Eu me levanto e vou até o banheiro, decidindo tomar um banho e de lá ir assistir o treino dele.
Quem sabe ele não começa a se comover com isso.
Terminado o banho, vou até o guarda roupa dele, ver se tinha alguma coisa do meu tamanho.
Minha mala ainda estava vindo pra cá e eu com certeza não ia ficar com a roupa de ontem.
Coloco uma bermuda preta e uma blusa larga de uma frase qualquer. A havaiana no pé e partiu campinho.
Chegando lá, consigo ver a cabeleira platinada de longe. Vou até a arquibancada e me sento bem no meio, na primeira fileira, pra ver melhor.
Pego o meu celular e começo a gravar um story.
- Fala meus ursinhos. Tô um pouco sumida, né? Mas cês nem vão acreditar aonde eu vim parar. Fui convidada pra mostrar de pertinho pra vocês a seleção brasileira na copa! Cês tem noção do que é isso? Deve ser Barça, porque Real não pode ser. Agora, nesse momento, eu estou de frente pro treino dos jogadores. Vou mostrar um pouco pra vocês.
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- ME DIZ SE ESSA FAMÍLIA NUM É LINDA, MEU FI.
- Não tem como não perceber a química que esses jogadores tem. E eu tô sentindo, hein. O hexa vem.
Paro de gravar e guardo o celular, agora prestando atenção no treino.
Aparentemente, o Richarlison ainda não me viu aqui em cima, e eu fiquei na minha mesmo. Não queria atrapalhar o homi.
Até que ele deu uma paradinha. Tava suado feito porco e passava a toalha na testa pra secar. E enquanto tomava a água na famosa garrafa da gatorade, nosso olhos se cruzam.
E em instantes o rosto dele ficou todo felizinho, soltando um sorriso pra mim.
O Paquetá não deixou limpo e foi logo no pé dele perguntar o porquê do sorrisinho. Não ouvi, mas deu pra perceber, porque ele desviou o olhar e ignorou minha existência, total.
Quando o treino terminou ele foi até o vestuário e eu em outra direção, a saída.
Até que depois de um tempinho, quando já estava no portão eu escuto o meu nome.
- S/n! Peraí, S/n!
Eu escuto a voz dele, sem fôlego. Ele ainda tava com a roupa fedida e suando muito.
- Cê veio- Pro treino-
Ele fala pausadamente tentando recuperar o fôlego e eu solto uma risada fraca.
- Pois é. Eu tava meio entediada e acabei optando por vir.
- Eu- Fico feliz que você veio. Tá até usando minha roupa, olha. - Ele diz, me olhando de cima pra baixo. - Cê me espera um pouquinho aqui? Eu vou só tomar meu banho.
- Tranquilo, espero sim.
Ele fica todo bobão de novo e ainda chega perto com os braços erguidos.
- Vem cá S/n. Me da um abraço.
- Coé maluco. Cê tá todo podre ai. Sai fora. - Digo segurando a risada, me afastando dele.
- Bora S/n, só um abracinho...
- Depois do banho eu dou. Sai-
Ele desanima e vai andando até a porta, dando uma olhada em mim antes de passar.
Como que eu nego um frouxo desse? Pra me assumir é impossível, mas agora pra vir babando pra mim...
Estresses a parte. Espero até ele chegar. Foi bem rápido até. Como se ele quisesse sair antes que todo mundo.
Ele passa o braço sobre os meus ombros e vai me guiando até um dos carros estacionados na rua.
