Um tipo muito antigo de ligação surge. Parecido com ligações de almas. Mas não se engane, é muito diferente. Não se há casos como esse a centenas de anos. Ninguém sabe como é, como lidar ou como será no futuro.
Jungkook vai precisar lidar com isso...
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Seokjin estava parado na frente do orfanato, ele remoia dentro de si se deveria ou não entrar ali, tinha medo de todos aqueles sentimentos voltarem, não que tivessem desaparecido, mas ele já se sentia muito bem com sua decisão e não queria a sensação de dúvida novamente, estava bem consigo mesmo.
Não demorou muito pra tomar uma decisão, bastou ver as crianças chegando da escola e correndo pra dentro do orfanato que ele seguiu elas e entrou dentro da grande casa colorida. Era linda por dentro assim como era por fora, por todos os lados tinham crianças de várias idades, umas mais velhas que ele chutava ter entre 15/16 anos, e umas mais novas de uns 4 anos pela altura, doía seu coração por vê-las ali, sabia que elas tinham sido abandonadas ou então perdido seus pais e isso era horrível, mas pelo menos a casa era boa e a senhora com quem conversou da última vez parecia ser gentil e cuidadosa com as crianças, ele sentia que elas estavam bem cuidadas.
— Oh, você voltou. — Disse a senhorinha.
— Voltei, demorei um pouco, mas finalmente tive coragem pra vir.
— As crianças vão ficar tão felizes, elas acabaram de chegar e estão indo almoçar agora, quer ver os mais novos enquanto isso?
— Claro, eu quero sim.
A senhora o levou então pra uma grande sala, onde tinham algumas pessoas, voluntários e funcionários cuidando dos mais pequenos, tinham muitos bebês e criancinhas novinhas, Seokjin sentiu seu coração palpitar quando seus olhos se fixaram em um bebezinho mamando em um ômega.
— Ele é doador de leite, normalmente ele retira o leite e traz em vasilhas mas sempre tem um bebê ou outro que o faz vazar então ele acaba amamentando no modo tradicional.
— É lindo de ver.
— Fica mais lindo ainda quando você descobre a história dele. Ele perdeu o bebê dele a uns dois anos atrás, entrou em depressão por conta disso, Juno conta que num dia a alfa dele ficou tão triste por ver ele nessa situação que perguntou se ele queria tentar adotar um bebê.
— Adotar? Porque eles não tentaram de novo?
— Eles tentaram, mas descobriram que por conta das complicações do aborto, não seria possível um bebê conseguir se formar completamente dentro do útero dele, que seria muito perigoso pra ele e o bebê, então eles pararam de tentar, era doloroso demais pensar em perder outro bebê.
— Que triste.
— Muito, mas é lindo de ver a força dele, a primeira vez que ele veio até o orfanato, foi pra adotar alguém, mas ele estava muito machucado ainda, não conseguia sequer pensar nisso, Juno se sentia mal em querer um bebê, sentia como se quisesse outro bebê pra apagar aquele que foi perdido. Então ele decidiu não adotar. Mas isso não o impediu de vir todos os dias, quanto mais ele vinha ver as crianças, mais o leite dele vazava, as crianças procuravam por ele por conta do cheiro dele, e então dissemos que se ele se sentisse confortável que ele poderia amamentar elas e ele fez. Desde então o Juno ta com a gente, é nosso voluntário mais antigo, e mesmo depois de nos mudarmos ele continua vindo ver as crianças, a força que ele tem por continuar de pé mesmo por tudo que ele passou é lindo de se ver.
