Capítulo 1

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Aviso: A história é de EEVANS, que me deu permissão para traduzi-la. A replicação não é permitida em quaisquer outros sites além dos já publicados (Wattpad e AO3).

Julho de 1997

As janelas da sala comunal da Grifinória estavam pretas, e tudo que Hermione podia ver eram as chamas moribundas do fogo refletidas de volta para ela. Ela e Rony ficaram em silêncio, lado a lado no sofá estofado em frente à lareira, onde devem ter passado centenas de horas estudando, rindo, discutindo, se preocupando com Harry. Sempre se preocupando com Harry.

Eles faziam isso agora, juntos. A coxa de Rony pressionava solidamente contra a dela, oferecendo-lhe o calor reconfortante que Rony sempre dava. Gina também permaneceu no andar de baixo, mas havia sucumbido à exaustão e estava dormindo, enrolada como uma gata na poltrona de frente para o buraco do retrato, onde estivera observando e esperando por Harry. Sempre esperando por Harry.

Hermione estava pensando em Harry procurando Sirius na mesma lareira há muito tempo, quando a porta do buraco do retrato se abriu, quebrando o silêncio não muito pacífico. Ela examinou o rosto de Harry da maneira habitual que fazia há anos: Harry estava com raiva, ele estava ansioso, algo ruim aconteceu, as coisas ficaram ainda piores de alguma forma desde a última vez que ela o viu?

Os olhos cansados ​​de Harry encontraram os dela brevemente antes de procurar e encontrar Gina. Seu rosto se suavizou ligeiramente e ele caminhou silenciosamente até a poltrona ao lado da dela, tirando as vestes enquanto se afundava nas almofadas estofadas.

Rony limpou a garganta, mas manteve a voz baixa na tentativa de não acordar a irmã mais nova.

- Como foi, cara? O que McGonagall queria?

Harry não respondeu por um minuto. Seus olhos permaneceram na forma adormecida de Gina, treinados na leve subida e descida de seu peito. Hermione imaginou que ele estava obtendo conforto ao vê-la ali, segura, viva, embora ele não tivesse saído por uma hora.

- Para oferecer ajuda, suponho. Para me deixar saber que eu poderia confiar nela sobre... sobre qualquer coisa que Dumbledore e eu estivéssemos discutindo.

Ela e Rony trocaram olhares conhecedores.

- Muffliato - Hermione sussurrou, envolvendo os três em privacidade. Rony ergueu uma sobrancelha para ela em um leve desafio, e ela se lembrou, com o que parecia quilômetros de distância, de uma época em que algo tão pequeno quanto um feitiço que ela não conseguia encontrar em seus livros a incomodava. Ela deu de ombros em resposta e voltou-se para Harry.

- O que você disse?

O bruxo de cabelos negros soltou um suspiro frustrado.

- Nada realmente. Se Dumbledore não contou a ela, ou a qualquer outra pessoa, sobre as horcruxes quando ele estava vivo, ainda acho que não devo contar agora também.

Hermione franziu a testa. Eles vinham evitando o assunto das horcruxes há dias, em algum tipo de acordo tácito de que esses últimos dias na escola seriam melhor aproveitados nesse estranho estado suspenso de negação antes da realidade inevitável que se aproximava deles.

Mas isso não impediu Hermione de revirar a questão em sua mente sem parar, imaginando como abordar o assunto com Harry, ponderando as razões que Dumbledore pode ter tido para manter seus segredos e a sabedoria dessas escolhas, dado tudo o que havia acontecido, e agonizando se eles realmente deveriam fazer o mesmo.

- Harry, - ela começou timidamente. - acho que precisamos discutir isso mais a fundo.

Nenhum dos bruxos parecia particularmente animado com a sugestão dela. Um suspiro cansado de Harry foi sua única resposta por um longo momento, mas ela pensou que soava mais como o que ele usou quando se resignou a ouvir Hermione dar um sermão sobre uma tarefa de casa particularmente chata, em vez das recentes exalações baixinhas que pareciam indicar que seus ossos pareciam ter cerca de mil anos. Isso a encorajou um pouco.

Coisas Que Somos Jovens Demais Para Saber - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora