Lua cheia

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Wed:
Enquanto eu estava no banho eu tentava juntar as peças do que aconteceu no ateliê, mas nada fazia sentido, logo no primeiro dia de volta a escola eu fui atacada por duas pessoas que eu não tinha ideia de quem eram.

Sai do chuveiro e sabia que ia precisar dar uns pontos naquele corte, quando sai estava apenas o mãozinha no quarto, então pedi pra ele.

Quando Enid voltou eu estava deitada de bruços e o mãozinha estava terminando os pontos na minha cabeça...

- Aí, espero que esteja com anestesia.

Disse ela choramingando...

- Não, não está... É melhor assim, é mais prazeroso.

- Sério Wandinha, eu amo você, mas nunca vou me acostumar com esse prazer com a dor...

Dei uma olhada com malícia pra ela, acho que ela entendeu já que ficou um pimentão.

- Olha Enid, senta aqui... Acho que precisamos conversar...

- Concordo Wandinha, da última vez você saiu correndo...

- Eu sei, não me orgulho disso, mas é que eu não sei lidar com tudo isso Enid, essa questão de sentimentos, é tudo novo pra mim e você sabe disso.

- Eu sei Wed, mas o que quer me falar?

- O que eu quero te falar é que, com todos os acontecimentos do ano passado, e os acontecimentos provavelmente desse ano, eu não quero ficar um só dia nessa escola sem ter você ao meu lado.

- Mas eu nunca sai do seu lado...

- Eu seeeii, facilita Enid... O que eu estou querendo dizer é que eu estava contando os dias pra te ver, que eu voltei só por você, que tudo que eu faço é por você, que você derrubou todas as minhas barreiras do meu coração, e que pela primeira vez na vida, eu não anseio pela morte.

Eu vi seus olhos marejarem, e seu biquinho se formar, ela choramingou e agarrou meu pescoço, e uma das poucas certezas que eu tinha na vida era que eu não queria mais ficar sem sentir aquele cheiro adocicado que emanava dela.

Enid:
Eu só queria ficar pendurada naquele pescoço com um leve cheiro de morte, menta e algo amadeirado...
Tudo o que eu queria estava acontecendo, eu não poderia estar mais feliz...

Eu senti ela me empurrar levemente, e então olhei para aqueles lábios que sempre chamou minha atenção, eu me aproximei e ela deixou, e posso dizer que foi a melhor sensação de todas, eu me senti em casa, e muito confortável, ela me apertou contra ela, e nossas línguas começaram a travar uma desputa silenciosa, o beijo dela era calmo, mas firme, ela sabia o que estava fazendo.
Deixei ela me levar para onde ela queria, eu ansiava tanto por aquele momento, que eu não poderia ter outra reação, ela me empurrou com seu próprio corpo para a cama abaixo de nós, e trilhou um caminho de beijos e pequenas mordidas desde minha orelha até meu peito, ela dava atenção para cada pequeno local, eu já estava arfando mais rápido que o normal, e sem querer soltei um gemido, no mesmo instante ela me apertou mais contra ela, e deslizou sua mão gelada por baixo da minha blusa, eu podia ver que ela também queria...

Então, eu já estava praticamente entregue a ela, aquele olhar penetrava em mim tão forte que eu me sentia uma presa que ela caçava.
Não vou mentir, eu adorei.

*Toc toc toc

Paramos o que estavamos prestes a fazer e olhamos para a porta, torcendo para quem quer que fosse desistisse e fosse embora...

Vimos um papel ser empurrado por baixo da porta, ela se levantou e foi lá ver.

"Você se safou por pouco hoje não é? Aproveite a tranquilidade dos próximos dias, eu vou voltar e espero que você não tenha tanta sorte no nosso proximo encontro. E fique sabendo Wandinha, vou estar observando seus passos e SEMPRE vou estar por perto"

*WENCLAIR* Sonho ou realidade? Onde histórias criam vida. Descubra agora