(As ações desse e do próximo capítulo se passam antes dos acontecimentos do capítulo anterior)
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—tsukki! Acorda! —uma voz melodiosa chega aos meus ouvidos. Minha pele formiga por leves marcas molhadas que ela recebia. Yamaguchi estava em meu colo— vamos, meu amor, acorde! —a voz insiste, apertando minhas bochechas.
—me deixa dormir um pouco mais, Yamaguchi —esfrego meus olhos, bocejando. Apoio minhas mãos na cintura de meu garoto, sentindo seu pijama-de-ceda afundar para alcançar a área de pele que eu tanto gosto de tocar.
—não dá! É nosso primeiro natal juntos e eu quero passar o dia inteiro com você! —ele tenta me convencer, quase-que-pulando-em-meu-colo, e balançando meus ombros em outra tentativa de me acordar.
—hm... que tal a gente começar o dia tirando uma soneca juntos... —puxo seu corpo para se deitar sobre mim, deixando um selar em sua testa. Yamaguchi revira os olhos e abre a cortina ao nosso lado— aí! Os meus olhos doem!
—isso que dá ser teimoso! —ele vira a cara, cruzando seus braços. Merda.
—desculpa, meu amor, juro que não faço mais isso —abraço sua cintura, colando suas costas em meu peitoral, enquanto deixo beijos por seu pescoço.
E claro, aproveito para marcar meu território, deixando mordidas pela extensão dele.
—acho bom mesmo! Hum! —ele brinca, rindo após isso— a-ai tsukishima, dói! —o meu esverdeado reclama, se referindo as marcas que eu fiz em seu pescoço.
—foi mal... mas o que você quer fazer hoje já que é natal? —o questiono, fazendo-o se virar de frente a mim. Antes de ele falar, se certifica de me deixar um beijo-de-bom-dia, ele é realmente um amor de pessoa.
—de manhã eu queria fazer o que fazia lá no submundo! Quero que você se sinta em casa aqui... —ele volta ao meu colo, entrelaçando seus braços em volta de meu pescoço— de tarde a gente vai sair com o hinata e o Kageyama, de noite com os outros meninos para a virada! E amanhã de almoço a gente tem que ir em um daqueles eventos chatos do meu pai —ele revira os olhos— por isso eu quero aproveitar hoje com você!
—isso é fofo, meu amor, mas tem um problema... —o coloco ao lado de meu corpo, fazendo-o eu ficar confuso— no submundo a gente não comemora o natal... o máximo que a gente fazia eram filantropias —bufo— mas se você quiser a gente pode passar a manhã fazendo outra coisa e-
—isso não é um problema, tsukki! Eu perguntei o que você fazia para Akiteru e ele me falou exatamente isso! Então eu preparei com as cozinheiras e a gente fez umas marmitinhas para a gente distribuir em algumas ruas aqui por perto, por que não dá para chegar tão longe... mas enfim! São oito e meia da manhã, se a gente sair daqui às nove da pra fazer bastante coisa e depois parar num lugar legalzinho para comer! —ele se retira da cama, oferecendo sua mão para eu me levantar também, o que me faz aceitá-la, já que não quero me atrasar para isso.
—ótimo... —afirmo, abrindo um grande sorriso a ele.
—&—
Depois de longas horas caminhando e distribuindo os pequenos embrulhos de alumínio para pessoas em condições de rua, vendedores ambulantes, artistas de semáforos e semelhantes, fomos a um café escondido em meio a grandes prédios. Yamaguchi é um cliente regular de lá, e, felizmente, ele tinha uma das minhas comidas favoritas. O bolo de nata com morango.
Essa sobremesa simplesmente me deixa nostálgico, já que minha mãe, que acabou falecendo, fazia-o em todo feriado, sabendo que era o meu bolo favorito. Nos passávamos a tarde brincando no parquinho de casa, e quando voltávamos, ela fazia aquele belo prato para mim, enquanto meu irmão e meu pai saiam a tratar de assuntos sobre o reino. Graças a Deus eu nunca fui o sucessor do trono.
Porém isso já não é algo que me deixa emotivo ou algo do tipo, pois já superei a morte dela. Eu tenho noção de que pessoas vem e vão de nossa vida sem nós ao menos nos prepararmos para isso. E, com o tempo, eu aprendi a superar mesmo que seja as pessoas mais importantes para você.
Depois disso, ao voltarmos para o castelo, nos encontramos com hinata e Kageyama juntos —se beijando, para variar— e, depois de belas piadas com isso, saímos para os shoppings-de-rico aqui do céu. E pasmem, parece que estamos em uma mina, de tantos metais preciosos que tem por aqui.
—olha isso que lindo yama! —hinata chama ao Yamaguchi, mostrando algo em formato cilíndrico a ele. Chuto ser algum dos outros milhões de batons que vão entrar na coleção de meu garoto, já que os dois me arrastaram, junto a Kageyama, em uma loja de maquiagem.
E claro, como eu e Kageyama não entendemos nada desse assunto, estamos só os seguindo, como os dois pau-mandados que somos.
—tsukki, tá bonito? —Yamaguchi chama minha atenção, com alguma coisa, que eu não consigo distinguir o que, mudada em sua aparência. Porém deduzo que é algum batom, por conta de sua boca e seu anelar levemente avermelhados— tô pensando em levar ele!
—depende... se eu te beijar, ele vai sair? —sussurro em seu ouvido, o provocando. Seu rosto fica ruborizado, enquanto reproduzia uma risada nervosa.
—é para ele ficar no lugar... mas por que esse interesse? Você quer testar? —ele provoca de volta, arrastando seus dedos pela região perto de minha virilha.
—talvez... leve ele, a gente pode testar mais tarde —interrompo seu atrevido movimento, deixando suas mãos no produto.
—tudo bem! —meu príncipe sorri, indo ao encontro de Hinata novamente.
—você já sabe o que vai dar de presente pra ele? —kageyama se aproxima de mim, me perguntando, confuso.
—eu... queria dar um par de alianças para ele, mas eu tô com medo de ele não aceitar ou-
—ei, seu idiota, ele te ama —o de cabelos negros afirma, me encorajando— eu nunca vi o Yamaguchi tão feliz quanto ele fica com você, nem mesmo com o Hinata, pode ter certeza que esse vai ser o melhor presente que ele vai receber na vida inteira dele.
—cara, muito obrigado... —agradeço-o pela primeira vez em minha vida, o abraçando. Eu realmente gosto de sua amizade, mesmo não demonstrando isso, e eu tenho quase que certeza que é recíproco. Ele realmente é como um melhor amigo para mim.
—é para isso que eu sirvo, mano, eu quero e preciso te apoiar, mas vai com tudo, tenho certeza que vai dar certo.
—é... assim espero —encaro Yamaguchi conversando animadamente com seu melhor amigo, na prateleira de perfumes.
—
Acharam mesmo que iriam ficar sem capítulo até o final do ano? 😈😈
eu queria avisar que esse extra vai ter duas partes! Uma vai sair no dia 24 (hoje, claro), e outra no dia 26! assim como o costume da maioria das pessoas que eu conheço.
Enfim, tanto esse, quanto o próximo capítulo não vão adicionar muito na história, apenas uma alegriazinha para a merda que aconteceu no cap 17, eu sou uma pessoa muito boa eu sei 😈
Não esqueçam do votinho, dos comentários que me deixam muuuuito feliz e se hidratem bem, muah🤭
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As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]
Fanfiction[tsukishima + Yamaguchi = tsukkiyama] Tsukishima era um demônio fechado para si e grosso com os que estavam em sua volta, porém um dia ele recebe a grande proposta de conviver com o príncipe dos anjos, o fazendo despertar sentimentos não-tão-esperad...