2.1| foda pré-casamento

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—Yamaguchi? —ao me virar, deparo-me com o meu garoto, sorrindo abobado a mim.

Ele estava divino, assim como sempre, porém dessa vez tinha algo diferente.

Seus cabelos estavam tão grandes que precisavam de um coque —por conta do maior calor que o inferno possuía, comparado com o seu reino-local— e sua coloração estava mais escura que o usual. Ele usava uma calça jeans de corte-reto e cintura baixa, com um croptop em seus ombros bege, tendo duas cerejas cruzadas —imitando um tipo de coração— como sua estampa. Seu pescoço era rodeado por um pequeno colar-de-pérolas, seus pulsos por duas pulseiras de ouro, suas orelhas por um par de brincos em formato-der-coração-dourado novamente —com uma pequena perolazinha em sua ponta—, e, como uma novidade a mim, um peircing em seu umbigo —uma perfuração que não existia antes de eu voltar para cá— no mesmo estilo que seus outros acessórios, em formato de coração e uma pedrinha rosada em cada extremidade.

Porém o principal de todos, era a aliança que eu tinha o pedido em namoro, entre os seus dedos.

—Yamaguchi! —pulo em cima de meu namorado, o envolvendo em um grande abraço, que nos leva ao chão, porém minhas asas envolvem seu corpo antes que ele possa machucar-se na queda.

Roucas risadas insistem de sair de minha garganta, assim como as pequenas lágrimas —quase imperceptíveis— que saiam de meus claros olhos. Minhas mãos pararam em sua cintura, a entrelaçando e o puxando para mais perto de mim.

Minha pele entra em contato com a pele em que tanto senti falta, lembrando de sua barriga lisinha, seus braços com pequenas bolinhas como sua textura, o ossinho de seu quadril marcado e, graças aos deuses, seu pescoço sem uma marca sequer, apenas enfeitado com uma bela pintinha, que dá uma enorme vontade de beija-lá até sua pele arder.

Encaro aquele seu belo rosto. Oh, quanta beleza. Suas bochechas gordinhas, repleta de uma constelação amarronzada, como eu gostava de chamar, um nariz arrebitado e fininho, seus olhos marrons e grandes, e sua pelezinha levemente corada. Deus, como ele é lindo, provavelmente a pessoa mais linda que eu conheço na face de meu mundinho.

Sem muitas delongas, puxo-o para um beijo caloroso, por conta da saudade que sentia daquela deliciosa boquinha, e principalmente, por conta de saudade que eu sentia dele. De sua companhia, de sua personalidade, de seu corpo, de seu rosto, de seu estilo, de seu cabelo. Tudo, eu senti por esses três meses muita, muita saudade.

Minha língua se adentra em sua cavidade bucal gentilmente, experimentando como se fosse a primeira vez ela. Porém sua língua trava uma batalha contra a minha para adentrar em minha boca, e acaba ganhando, ou seja, sou usado pelo garoto como um brinquedo, me deliciando com o som molhado que ele fazia. Eu já deveria estar acostumado com isso, nesse momento.

—uh hm —Akiteru coça sua garganta superficialmente,  como se quisesse chamar nossa atenção a ele— eu ainda estou aqui, ouviu? —separo-me dos lábios de Yamaguchi em desleixo e sem vontade alguma, apenas para lançar um olhar de desaprovação ao meu irmão mais velho— você quer o que?! O Yamaguchi também é meu amigo! Eu quero dar uma saudação adequada a ele!

—oi 'aki! —meu namorado se livra de meus braços e vai ao encontro de seu amigo, abraçando-o e encostando suas bochechas, o que vem ambos ficarem rechonchudos, mais do que já são.

Me certifico de nunca mais vê-los juntos, se não eu posso simplesmente morrer de fofura, certo? Certo.

—oi 'guchi! Temos tanto papo para botar em dia... mas deixamos isso para o casamento, sim? Va aproveitar com meu irmão agora! —ele quase-que-empurra meu esverdeado a mim, sorrindo confiante com a mudança repentina de humor.

As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora