Prólogo

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Kei tsukishima's P.o.v.

Eu me sinto confuso.

Há alguns minutos atrás estava sendo grosso com a primeira pessoa que vi em minha frente —provavelmente algum criado, não nego—, porém agora estou em um veículo —no qual se parece um meio-avião-meio-van— sobrevoando o céu, a caminho do palácio palácio real do paraíso, para encontrar a merda de um principezinho.

Ugh, uma coisa que me irrita são príncipes.

E pode parecer hipocrisia odiar sua própria raça, confesso, só que tem uma grande diferença entre o tipo de príncipe que eu sou, e o tipo de príncipe que Akiteru, meu irmão, é! Acredito que o apelido "principe mimado" se encaixa bem com ele. Temos diversas diferenças, como a de nossa idade, sendo ele o mais velho e o primeiro na linha de sucessão, ou nossa personalidade, ele é bem mais sociável —e agradável, na visão do povo— do que eu. Mas a maior delas, é que eu não sou babaca como ele!

Pelo menos eu achava...

—ei —Akiteru chama minha atenção— por que tá com essa carranca toda? Vai ser só alguns meses em Karasuno, não é como se fosse o fim do mundo! —ugh, eu não chamaria um ano de "alguns meses"— E também, vai que você acha um gostoso por aí?! —seu som soa como brincalhão, porém para mim, aquilo é apenas nojento— calma! Eu só estou brincando maninho... ou não! —então ele solta uma risada sacana, e eu apenas me permito revirar os olhos com isso.

Eu estou sendo levado para essa merda de reino, pois meu pai percebeu que, se meu irmão não morrer de repente, eu vou apodrecer ser fazer merda nenhuma para a melhoria de nosso reinado. E como o meu status social não é um dos melhores, ele achou que seria uma ótima ideia eu conviver com um príncipezinho que não deve nem saber... hm... limpar a própria bunda!

—oe! Tsukishima! Olha como o céu é! —meu irmão cutuca meu ombro repetidas vezes, apontando para a janela. E realmente, o céu é uma das coisas mais lindas que existem nesse mundo todo.

Já vim aqui algumas vezes —por volta de duas ou três—, todavia, apenas para algumas reuniões de extrema importância de meu pai —como discutir leis entre o paraíso e o submundo—, e em nenhuma delas eu fui autorizado a encontrar com o príncipe. Eles temiam de que minha natureza iria machucar a aura pura de vossa alteza, e sinceramente, ela realmente iria.

Mas uma coisa na qual sempre me chamou a atenção nos céus, foi a sua arquitetura.

As casas estabelecidas entre as densas nuvens tinham formatos e colorações diversas. em alguns condomínios no qual sobrevoamos, as casas eram minúsculas e tinham cores pastéis; em prédios, a paleta de cores sempre girava em torno do bege, dourado e branco; centros religiosos tinham arquiteturas diferenciadas, alguns eram mais discretos, outros mais sofisticados e alguns eram decorados com imagens na qual aquela religião segue; porém uma coisa todos tinham em comum, nenhum local daquele reino era morto, tudo parecia... vivo. O que é uma realidade bem diferente do submundo.

Sinto uma leve vibração em meus pés, provavelmente avisando que iríamos pousar em poucos instantes. Odeio admitir isso, porém eu me sinto nervoso agora, pensar que vou ter que conviver com centenas de seres de luz por dia me dá nojo, muito nojo.

E em um piscar de olhos, pousamos em um grande edifício dourado.

E bota dourado nisso.

—vamos maninho! Vai ser legal! —Akiteru pega minha mão, após sair da locomoção e me puxa para fora do veículo. Eu tenho que avisar a esse escroto que eu odeio esse apelido, de novo.

A arquitetura do local era muito bonita, pilares gregos que sustentam grandes vigas banhadas a ouro são presentes por toda a extensão, janelas extremamente limpas e largas estão por todo o lugar e há esculturas de anjos na entrada, provavelmente algumas personalidades importantes que eu não vou perder meu tempo pesquisando. Porém uma torre erguida no meio do teto reto, com sua ponta oval, é a coisa mais chamativa de lá.

As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora