2.5|de volta ao céu

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Agarro as mãos de Yamaguchi, logo alcançando meus pés para fora do palácio.

uau, me sinto um badboy fazendo isso —Hinata pestaneja, engatando-se ao seu namorado, logo atrás de nós.

—claro que você se sente assim, seu besta —Kageyama revira seus olhos escarlate, recebendo um resmungo como resposta— 'tá reclamando de quê? Nós só estamos indo almoçar, não é nada demais...

—mas estamos almoçando no submundo, kags! Nunca nem sai de nossa cidade direito! —o ruivo, animado, comenta com o namorado, que arruma o cachecol que caia por volta de seu pescoço. Isso me lembra a meu primeiro encontro com Yamaguchi, no qual estava fazendo o mesmo movimento.

Kageyama ruboriza, revirando os seus olhos novamente, e sorrindo abobado, sempre deixou na cara o quanto ama Hinata. Não sei como não percebemos antes.

—eu nunca imaginei que nevaria no inferno —Yamaguchi comenta, após começar a movimentar meus braços em movimentos de vai-e-vem, com nossas mãos.

—hm? Como assim? —confuso, questiono ao garoto, que solta uma risadinha brincalhona.

—é que vocês são mais apimentados, então seriam mais quentes! O seu semen é a prova disso! —ele completa seu pensamento, com uma das frases mais perversas e absurdas que poderia ter.

—cale-se, seu gay! —emburrando minha face, cruzo os braços, ato que fez nossas mãos se soltarem. Yamaguchi faz o mesmo movimento.

—homofóbico! —ele exclama.

—xenofóbico! —rebato-o.

Chegado-nos a fachada da loja de onigiris, me deparo com uma pequena fila, que se abre para passarmos, já que não é tão comum ver três anjos no submundo, acompanhados de um membro da família real, principalmente quando um deles é um herdeiro também. Yamaguchi pede o perdão das pessoas em que passou na frente, porém pouco me importo com elas.

—atsu-san! —Yamaguchi imediatamente vai ao encontro do loiro, sorrindo ao encontrar o amigo.

Não gosto da ideia de que sejam amigos...

—yams, Meu bem! Como é bom ver você! —o loiro sorri, envolvendo o anjo em um abraço apertado, enquanto manda-o sentar ao seu lado.

—nossa, vocês se conheceram ontem, e já até se apelidaram? —questiono os garotos, com um pouco de ciúmes da situação. Não tenho culpa de desconfiar dê Atsumu! Ele não é lá de tão boa índole.

—seu namorado é muito cativante, Tsukishima, e conversamos muito por mensagens! —provocativo, o loiro envolve um de seus braços na cintura de meu namorado, puxando-o para mais perto, enquanto o mesmo solta uma risadinha com a situação.

Mas meu rosto se fecha por completo.

—hm... —sento ao lado do meu garoto, apertando-me as coxas, enquanto os encaro rindo para o celular de Yamaguchi. Atsumu se levanta logo em seguida.

—enfim minhas belezuras, vou indo, tenham um bom dia! —o loiro se despede, a todos, e deposita um beijo na bochecha de meu garoto. O mesmo solta, novamente, uma risada divertida.

Ele não vai se safar dessa.

Aproximo-me perigosamente de meu garoto, depositando uma de minhas mãos em sua farta coxa, e mantendo minha respiração pertinho de seu ouvido. Ele arrepia, treme, e fraqueja com tal ato.

—você sabe que esses joguinhos de ciúmes sempre tem consequências, sim? Deveria tomar cuidado... — sussurro a ameaça em tal área exposta, enquanto vejo Yamaguchi abrir um sorriso de ladino a fala— Céus, que putinha pervertida! Você faz isso de propósito... só para ser punido depois!

As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]Onde histórias criam vida. Descubra agora