—papai! —Yamaguchi estende o a segunda vogal "a"— pensei que me apoiasse... —um enorme bico se forma nos belos lábios dele, enquanto seu tom cabisbaixo fazia-o parecer decepcionado com a resposta.
—Tadashi... você irá ser rei, e é meu dever achar um par ideal. Kei não é uma das melhores opções —ele argumenta, o que faz-me concordar em partes, já que sei que sou uma figura não muito amada no paraíso.
—por que?! —meu namorado pergunta, emburrado.
—bom... Kei tem um passado polêmico, vamos assim dizer —ele faz uma pausa, suspirando— e isso pode trazer uma má visão de nosso reinado, Tadashi. Entendo seus sentimentos por ele, porém temo que devemos arranjar um casamento arranjado a você, nem que for com um homem —ele termina, fazendo a feição de Yamaguchi apenas enrugar mais.
—mas meu Keizinho não é mais assim! —seus braços se cruzam ao seu peito, enquanto seu pé batia freneticamente por todo o chão.
Mas a única coisa que notei, foi o novo apelido dado.
Oh, como é fofo meu namorado, teve a audácia de me chamar de "keizinho" em frente ao seu pai! Ainda afirmando que eu pertenço a ele. Acho-o tão belo e cativante, não teria alguém melhor que ele no lugar...
—você tem certeza? Conviveu tempo o bastante para saber disso?! —o rei questiona, mas antes de meu príncipe responder, ele continua— por que não fica com Kuroo, hm? É um ótimo rapaz!
E então, a gargalhada estridente de Hinata ecoa pela sala, enquanto minha feição se transforma em puro nojo.
Kageyama não se contém e segue junto a seu namorado sobre altas risadas, enquanto eu corroo-me de raiva por dentro —e um leve ciúmes— de descobrir que o rei acha Kuroo um melhor esposo do que eu, aquele merdinha que nem ao menos sabe agir corretamente na frente de seu namorado.
Escuto, entre as vozes, uma bela risadinha vindo de Yamaguchi, fazendo todos esses sentimentos ruins desaparecerem e meu coração amolecer. Ele me faz tão bem...
—Kuroo está com Kenma, papai —meu namorado informa, fazendo o rei contorcer sua face em confusão.
—a-ah... eu realmente não sabia! Bom, já que não é uma opção, que tal Tanaka?! —o rei continua, fazendo as risadinhas, quase inaudíveis, voltarem a sua intensidade habitual. Sorrio ao absurdo da frase dita.
—ele gosta de mulheres... papai —Yamaguchi continua, explicando pacientemente para seu pai.
—então o que faremos?! Com quem ira se casar? —o sogro questiona a si mesmo, fazendo a leveza do clima passado se tornar tenso, já que ele não tinha filtro algum para acharem que seria uma boa ideia eu ter como par de meu esverdeado.
Mas eu vou fazê-lo mudar de ideia.
—senhor Yamaguchi, se me permite —levanto-me encarando o mais velho, e esperando sua aprovação. Ele assente com sua cabeça, ainda que receoso.
Respiro fundo, e então começo:
—você sabia que eu amo literatura clássica? Acho dom quixote um livro muito complexo e uma leitura realmente importante para todos em certa idade. Meu livro favorito é Phantom, eu amo-o por ser uma história trágica e de época, com palavras que nem ao menos temos tradução nos dias de hoje... —paro para respirar fundo novamente, e falo— estava cursando letras, lembra? Se eu não fosse da família real, seguiria a minha carreira nesse ramo. Não fumo mais, apesar de muitas fofocas erradas sobre mim na mídia, já confundiram um canudo de papel com maconha uma vez! E eu juro que nunca fumei substâncias ilícitas. Não bebo mais, apenas socialmente, confesso que já fui alcoólatra, mas passar o tempo aqui fez tão bem a mim... literalmente salvou-me de meus problemas. Eu sou empenhado, preocupo-me com o meu povo, seu povo e minha dignidade, quero ter filhos, sei cozinhar e daria de tudo para passar minha vida inteira ao lado de Yamaguchi... —suspiro ao final, após a faladeira que fiz a defender-me.
—e o que isso quer dizer, Kei?! —o rei pergunta, confuso, assim como seu filho. Eles tem a mesma expressão no rosto, como meu namorado é fofo!
—o que eu quero perguntar... —paro a um ato de tomar coragem com os acontecimentos posteriores— é se você autoriza eu pedir a mão de seu filho. Por favor.
—O QUE?! —Yamaguchi exclama, junto a Hinata, por ser muito enxerido, a voz de ambos se misturam, e tornam algo muito mais estrondoso do que o normal.
—por favor! Eu amo-o —com o resto de dignidade que eu tinha, ajoelho-me em frente ao meu sogro, fazendo os garotos se assustarem, enquanto escuto um grito sussurrado de Yachi.
Mas não ligo a nenhum deles, apenas quero meu garoto em meus braços, para sempre.
—Kei... —uma voz embriagada me chama, fazendo-me virar a ela imediatamente. E me encontro com um Yamaguchi choroso, sendo consolado por seu melhor amigo e vermelho. Essa cena faz-me querer chorar, apenas por ver tal situação com ele, é de partir o coração— seu... seu bastardo! Deveria ter pedido antes, idiota! —ele cruza os braços, virando seu rosto para o lado.
Corro até ele, limpando as lágrimas escancaradamente, e beijando suas bochechas, como se fossem seu bumbum —belo e macio. Ele me abraça, ainda em choque com o que acabei de pedir.
—não irei me casar com você sem a autorização de seu pai, sou um homem de respeito, então preciso disso —sorrio sacana a ele, que solta uma risada e resmunga algo como "idiota".
—papai... aceite, por favor! —meu namorado suplica ao seu pai, que não resiste muito com sua bela feição, e a abandona a cara fechada para um rosto relaxado.
—tudo bem, então —ele resmunga, sabendo que seu coração amoleceu ao ponto de não conseguir negar um pedido de seu filho— acho que é bom ter esse tipo de relação em questão de poder... nunca tivemos a história de ambos os mundos misturados, acho que será... interessante! —ele sorri ao final, suspirando em expectativa— eu autorizo sim, o seu noivado.
Abro um grande e sincero sorriso, que nem mesmo Kageyama se safa da surpresa do tamanho dele, enquanto, por dentro, estou gargalhando de felicidade.
—bom... se me permite então... —viro-me a Yamaguchi, apalpando meu bolso, e achando o anel de noivado que separei a ele.
Uma fila de expectativa se forma em nossa volta, que até mesmo Kenma, que havia passado por aí, fica para assistir tal cena. Mas nada disso me abala, apenas Yamaguchi está em meus pensamentos.
—Tadashi, casa comigo?
—sim, eu caso com você!
E então, todos que estavam ao redor, abraçam a nós, antes mesmo de nos dar brecha a comemorar tal feito, até mesmo o rei, que se da esforço de apertar minha mão e beijar a testa de seu filho.
Hinata desata ao choro, murmurando o quanto está feliz por seu amigo, enquanto Kageyama e Kenma choram silenciosamente, fingindo que não se importam com o acontecimento, Yachi suspira aliviada, oferecendo lenços ao ruivo.
Encaixo a aliança no dedo de Tadashi, ah, como é bom podê-lo chamar assim... me segurei tanto tempo para isso! Ele faz o mesmo com o meu, fazendo o par delas brilhar sobre a luz do sol.
Puxo-o mais perto, por sua cintura, e beijo-o apaixonadamente, enquanto seus braços envolvem meu pescoço, e eu aperto a carne oferecida com prazer, mesmo que, ao tentar descer minha mão a suas lindas nadegas, recebi um tapa de apreensão.
—pra sempre?! —ele pergunta, após separar-se do beijo, e encarar-me, encontrando nossas testas.
—para sempre, meu amor.
—
AHHHHH QUE FOFIS ESSE FINAL
Voltei com um capítulo bem mais curto, porém achei necessário deixar ele desse tamanho, já que colocar mais cenas seria muita encheção de linguiça. Pelo menos foi menos que um mês né? 🥳🥳
Enfim, espero que tenham gostado meus lindos, bjuuuu 🥹🫶
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As rosas de um demônio || tsukkiyama [Sendo reescrita]
Fanfiction[tsukishima + Yamaguchi = tsukkiyama] Tsukishima era um demônio fechado para si e grosso com os que estavam em sua volta, porém um dia ele recebe a grande proposta de conviver com o príncipe dos anjos, o fazendo despertar sentimentos não-tão-esperad...