15 de maio - Sábado - Três dias depois
LouiseEu estava terminando de me arrumar.
Não vou mentir, passei a quinta e a sexta-feira inteira me perguntando se o Adam ainda iria me buscar no sábado para ir no lugar que ele tinha me falado, mas as minhas incertezas acabaram, quando exatamente ao meio-dia ele enviou uma mensagem confirmando o horário.
Eu não fazia a mínima ideia se ele ainda queria conversar comigo, já que o mesmo não apareceu mais na Confecção e nem no meu apartamento, nos dois dias sucessores a discussão entre ele e a mãe dele.
Eu só notei isso depois da reunião geral de sexta (que inclusive só queria reforçar os dias do desfile, liberar a próxima sexta feira por ser feriado e parabenizar a todos por seu esforço), quando eu não vi ele em lugar nenhum.
O interfone tocou e eu dei uma ultima olhada na minha roupa, antes de descer.
Como o tempo não estava tão frio eu coloquei apenas uma cacharréu preta, por baixo da minha jardineira jeans clara boca de sino, um tênis branco e prendi a parte de cima do meu cabelo.
Quando cheguei no portão, o vi encostado na moto com a habitual calça jeans escura, a camiseta preta e a jaqueta de couro. Ao me ver, ele sorriu.
- Deslumbrante como sempre, docinho. - Ele juntou nossos lábios em um selinho rápido. - Vamos? - Ele subiu na moto e me estendeu o capacete.
Sorri pegando o objeto, era bom saber que ele realmente estava bem.
Subi na moto e segurei forte a cintura dele.
Adam
Ela pareceu aliviada quando eu dei o selinho nela. Será que por eu não ter ligado eu dei motivos pra ela achar que eu estaria, sei lá, bravo por ela ter presenciado minha discussão com a minha mãe?
"Que loucura, ela não teve culpa de chegar em um momento ruim."
Eu ainda estava com muita raiva da minha mãe, como ela pôde chamar uma completa estranha pra ficar um tempo na minha casa, PORQUE ELA queria que eu me apaixonasse?! E depois ainda me veio com o comentário absurdo que a tal loira era pra casar!
Atrás de mim, a Louise apertou um pouco mais minha cintura; respirei fundo tentando não transparecer minha tensão relativa a aquele assunto.
Alguns minutos depois, eu deixei minha moto estacionada em uma das vagas da praça, Louise desceu e me entregou o capacete.
- A praça da Torre Eiffel? - Ela perguntou como se pudesse chegar naquele local até mesmo de olhos fechados.
- Eu não seria tão idiota ao ponto de te levar em um lugar que você já conhece. - Sorri. - É ali, do outro lado da rua. Vamos!
Atravessamos a rua e ela falou em um tom baixo:
- Em um certo momento, você ficou tenso. Está tudo bem?
- Tudo, tudo, não. Minha mãe andou tomando umas decisões bem infantis.
- Ela comentou comigo. - Encarrei ela sem entender. As duas tinham intimidade para conversar sobre assuntos familiares? Ela começou a explicar. - É que... eu precisava repor tecidos e ela precisava conversar, e você acabou sendo um dos assuntos em pauta.
- Nossa. - Abaixei um pouco a cabeça. - Queira eu admitir ou não, uma coisa que eu puxei da minha mãe, definitivamente foi a falta de confiança. Ela demora bastante para confiar em alguém ao ponto de contar sobre assunto pessoais. Você tem alguma coisa especial. - Ela sorriu.
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Inexplicável Tentação
Romance⚠️ATENÇÃO: Obra +16. Contém linguagem imprópria, palavrões, e descrições de relações sexuais. ************* Uma mulher trabalhadora e centrada; Um homem das festas e aventuras perigosas; Uma noite; E uma tent...