O Primeiro Amor - Pedri González

2- Carona aceita

Maya:

No outro dia, acordei no mesmo horário e fiz as coisas que tinha que fazer, tomei banho, tomei café e fui pegar o ônibus. Cheguei no Estádio e quando entrei avisto Gavi, ele deu um leve sorriso e abanou a mão como um cumprimento de longe. Continuei andando até a entrada dos funcionários da loja, quando cheguei comecei a organizar o caixa para começar o trabalho.

A manhã se passou tranquila, então chegou a hora do almoço, fui almoçar e quando estava voltando para a loja, dentro do Estádio. Quando entrei pela porta do Estádio e dobrei o corredor de repente levo um susto, pois alguém havia me puxado pelo braço e me colocado contra a parede.

— Aí! - digo e quando vejo, era Pedri, me olhando com um sorriso.
— Oi gatinha! - diz Pedri, ainda me segurando contra a parede.
— Pedri, o que está fazendo? Me solta. - digo tentando me soltar, mas Pedri não deixa.
— Só se você me der um beijinho! - responde com um olhar intenso.
— Ai garoto! - digo revirando os olhos, me solto de seus braços e viro de costas, enquanto andava reto até a entrada de funcionários da loja, Pedri puxa meu braço e não pude nem pensar em agir e logo recebo um selinho em meus lábios. Levo um susto, Pedri me olha com um sorrisinho de canto, e eu o encaro brava. Por fora eu estava brava e com raiva, mas por dentro meu coração batia fortemente!
— Até depois! - Pedri sorri e da uma piscada de olho para mim e vira as costas.

Sigo meu caminho e vou para a loja. Continuo meu trabalho, mas eu não parava de pensar no selinho que Pedri havia me dado, eu realmente não esperava aquilo. Eu havia gostado, mas fiquei com raiva por ele ter feito sem minha permissão, e ainda teve a audácia de me assustar e me por contra a parede no corredor. Alguém poderia ter nos visto, depois iria sobrar para mim e eu acabaria perdendo o emprego que eu havia demorado para conseguir.

Depois do serviço, saí da loja e Pedri estava no corredor, oh meu deus esse garoto parece que me persegue nos horários que eu sempre estou fora da loja! Ele estava mexendo no celular de cabeça baixa, então fingi que não o vi e passei por ele, não demorou muito para ele me puxar pelo braço novamente.

— Ei, desculpa aquela hora! Eu agi sem pensar... - diz se desculpando e olhando no fundo dos meus olhos, ele parecia arrependido.
— Tudo bem, contanto que isso não se repita! - digo revirando os olhos.
— Você é bem marrenta em! - Pedri diz mudando de expressão.
— Está escurecendo, eu preciso ir pra casa! - digo virando as costas.
— Ei, será que hoje eu posso te levar pra casa? Como um pedido de desculpas! - Pedri pergunta passando a mão na nuca e olhando pra baixo. Eu apenas o encaro e ele abaixa a cabeça um pouco triste.
— Tá, mas só hoje! - respondo revirando os olhos.
— Você manda! - Pedri responde botando as mãos levemente para o alto, como se estivesse reagindo a um assalto.

Fomos andando e Pedri estava ao meu lado, chegamos em seu carro e ele abriu a porta para eu entrar, entramos no carro e saímos dali.

— É aqui né? - pergunta Pedri.
— É sim, obrigada! - digo retirando o cinto de segurança, assim que eu ia abrir a porta Pedri disse:
— Não, não! Espera aí. - disse o menino e saiu do carro, ele deu a volta e veio abrir a porta para mim. — Agora você pode sair.
— Engraçadinho você! Mas obrigada. - digo em tom debochado e Pedri ri.

Saí do carro, dei tchau a Pedri e segui andando, eu senti que ele estava parado ali ainda, então voltei e lhe dei um selinho rápido e ele ficou me olhando com um sorriso.

— Ah, eu vou pra casa! Tenha uma boa noite. - digo assustada e Pedri me puxa pela cintura. Ficamos frente a frente trocando olhares quando sinto a mão esquerda de Pedri em meu queixo, ele olhava fixamente para meus lábios.
— Por que resolveu voltar? - Pedri pergunta sabendo que eu ficaria confusa e não teria uma resposta certa.
— Ah, eu... - gaguejo e Pedri ri.
— Sei que você também quer, então para de fazer graça! - Pedri diz em meu ouvido e de repente recebo um beijo em meu rosto.
— Eu... Tenho que ir pra casa, tchau! - digo virando as costas rapidamente e indo para casa.
— Te vejo amanhã? - Pedri fala em tom mais alto de longe e eu apenas acenti com a cabeça e entrei no apartamento.