03: Mateus 26:41

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Capítulo 3.

POV |Narradora|

— ...Então, já que entendemos as fórmulas do calor latente e sensível, em caso de não estar explícito no enunciado, como sabemos qual fórmula aplicar? – A professora de física (que são todas freiras) faz o questionamento aos alunos.

Um tanto intimidada, S/n levanta a mão e responde após a permissão.

— É só prestar atenção em como a temperatura vai reagir na substância. É uma questão de interpretação. No calor sensível, apenas a temperatura vai mudar, já no calor latente, o estado físico dessa substância muda.

— Exatamente! Muito bem S/n. – A freira sorri e S/n também.

Logo em seguida batidas são desferidas na porta, assim que a professora autoriza, a pessoa abre.

É ninguém mais, ninguém menos que Mary Jolivet. A mãe de Finn.

— Perdão atrapalhar sua aula Frida! Mas eu preciso levar uma aluna comigo. Millie Bobby Brown.

S/n que estava sentada atrás de Millie, leva o olhar a loira e não consegue não escutar o cochicho de Sadie para a amiga "o que você fez dessa vez??" Sendo respondida em alto e bom som "Não sei"

E então a garota é levada. S/n estranha esse episódio, Millie parecia muito tranquila e feliz nos dias anteriores, não demonstrou mudança temperamental nenhuma, inclusive, falou brevemente que um menino a deixou assim. Ela não citou nomes pois não chegou a falar para S/n sobre Finn, e por causa disso, S/n também preferiu não mencionar nada, já que não cabe a ela o assunto.

Porém, ela não pôde deixar passar despercebido sua curiosidade em saber o que houve, e sua intuição diz que tem dedo de Finn Wolfhard nisso, que inclusive, "sumiu" depois da última interação entre S/n e ele.

— Irmã? – Pardo levanta a mão novamente, chamando atenção da professora que fazia algumas anotações na lousa. — Será que eu poderia ir ao banheiro?

— Claro minha filha. – A professora sorri, muito gentil como sempre. — Mas volte rapidinho pra não ficar perdida no assunto.

— Pode deixar. – S/n assente e se levanta da cadeira, fechando a porta e se apressando para alcançar Millie e Mary, já que não sabe onde fica a diretoria.

E ela consegue. Se sente num verdadeiro filme de espionagem, já que se esconde até atrás das plantinhas e quadros dos corredores, até finalmente encontrar a sala que graças a deus tem janelas transparentosas e cortinas de persiana, o que permite uma melhor visualização. S/n sorri convencida quando vê Finn sentado na cadeira em frente a mãe dele e se dá por vencida quando percebe que estava certa sobre isso também.

Pelo visto, ela lê bem esse menino e isso a enche de orgulho, já que cresceu escutando conselhos de sua mãe sobre o público masculino como se a menina fosse tola demais para não decifra-los.

— Bem, já que os dois estão aqui, posso começar. – Mary diz autoritária e cruza as duas mãos em cima da mesa. — Recebi uma denúncia me informando sobre a imoralidade sexual partida de vocês dois. E dessa vez, foi inadmissível! Em minha sala, Finn? Por Deus! O que eu faço com você?

S/n arregala os olhos e Finn abaixa a cabeça levando a mão ao rosto, não segurando a risada.

— E ainda acha engraçado??

— Senhora Mary... – Brown tenta falar mas é cortada na hora.

— Eu não dei a palavra a você mocinha!

𝘥𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘰𝘴𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶.Onde histórias criam vida. Descubra agora