𝘥𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘰𝘴𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶.

05: Provérbios 7:21

Capítulo 5

POV |S/n Pardo Leminnier|

Assim que saio daquele quarto e chego ao meu, fecho a porta e me encosto nela, respirando fundo e tentando colocar a cabeça no lugar.

Eu não posso mentir a mim mesma, pois mentir a si mesmo, é o mesmo que mentir pra Deus duas vezes. Eu sinto algo. Não por ele, mas pelo o que ele me faz sentir.

Tudo isso é muito novo e recente pra mim, os toques... As palavras sedutoras que saem da minha e da boca dele, todas as sensações fervorosas que passam por cada pedaço do meu corpo apenas com a presença e a respiração dele.

Eu não me toco. Eu sei que disse isso a ele, mas é só uma das mentiras que proferi durante minha estadia neste lugar. Ou seja, só piora a situação, porque cada vez que o vejo, me sinto cada vez mais perto da beira de um penhasco, e é como se o inimigo estivesse esperando pra que eu pule de cabeça nesse precipício.

Suspiro fundo outra vez, as meninas estão dormindo, a única luz que ilumina o quarto é do abajur ao lado da minha cama. Caminho rapidamente até lá, abro a mesa de cabeceira a procura da bíblia e peço uma palavra a Deus.

Só me dou conta de que o horário vai passando quando vejo pela janela a névoa da madrugada, indicando que o dia está quase amanhecendo.

***

POV |Finn Michael Wolfhard|

Uma missa está acontecendo. O padre em celebração é um novato, estou atento ao momento de homilia quando sinto alguém sentar ao meu lado, por reflexo, viro o rosto para olhar a pessoa, me deparando com S/n, o que me surpreende.

Não o fato dela estar na igreja, isso é bem previsível na verdade, mas o fato de sentar literalmente ao meu lado com tantos assentos livres para ela.

Ela não diz palavra nenhuma, calado como um cadáver, fico. Então minutos depois, sinto uma mão acariciar o interior da minha coxa, ela presta atenção na missa mas sua mão não para de me apalpar, e por algum motivo, isso me desespera e me deixa confuso. Então por instinto, a afasto.

— O que pensa que está fazendo?? – Cochicho para ela.

— Estou apenas demonstrando o meu amor por você, não posso? – Ela me encara com provocação e morde o lábio inferior com um sorriso no rosto.

— Até esses dias atrás você me odiava. O que mudou?

Ela da de ombros e joga o cabelo pro lado, a deixando ainda mais linda... Se é que isso é possível.

— Há um ditado que diz que existe uma linha tênue entre o ódio e o amor. Provavelmente é o que sinto quando te olho.

Eu só sei que todos saíram da igreja e aparentemente a missa acabou, quando dou por mim, estamos nos beijando loucamente, tenho ela suspensa por minhas mãos e encurralada na parede, ambos parcialmente vestidos, mas estou entre suas pernas e ela geme de uma forma tão deliciosa que sinceramente me deixa tonto. Sua camisa aberta nos dois primeiros botões da frente, me dando a visão de seu busto e sua saia ligeiramente suspensa enquanto a fodo em cima do altar.

— Você vai me levar ao inferno garota! – Digo contra seus lábios.

Ela geme com uma estocada mais forte e agarra meu rosto.