21: depressão.

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Capítulo 21

POV |Finn Michael Wolfhard|

No dia seguinte após o "acidente", por assim dizer, S/a recebeu alta. Aparentemente ela está bem, apenas terá que se medicar pois ainda sente dores de cabeça.

Minha mãe não disse palavra nenhuma desde o que escutou do médico da última vez. Ela provavelmente sente vontade de me matar, mas sabe que não é o momento adequado para sermão e lições de vida. Já os pais de S/n agiram de maneira totalmente diferente, a mãe dela estava transtornada, o pai não parecia aprovar nem um pouco nossa relação, mas não chegou a de fato querer bater de frente com S/n como a mãe dela quis. Isabel só não conseguiu porque eu a impedi de maneira incisiva, minha mãe veio com o jeito pacífico dela de ser e tentou amenizar a situação, conversando por horas com Isabel. Até a convencer de S/n passar essa semana em minha casa. Foi muita discussão e muita insistência, mas Isabel permitiu.

Eu liguei para o meu chefe e avisei que essa semana ficarei afastado, ele disse que não poderia me dar folga de uma semana pois comprometeria os negócios e sinceramente nem sei mais se estou empregado. Mas não importa... O importante agora é cuidar da S/n e garantir que ela não saia mais traumatizada dessa história toda.

Meu pai soube muito por cima do que aconteceu, mas minha mãe não contou sobre a gravidez... Ela sabe que se ele soubesse as coisas ficariam complicadas, fez bem em nos poupar de mais esse constrangimento.

É quase a hora do almoço, eu fui o último que ficou no hospital com S/n até ela de fato receber alta. Estaciono na garagem de casa e desço, abrindo a porta dela e estendendo a mão.

S/n apenas me olha com desdém e sai sozinha, fechando a porta do carro.

— Eu machuquei a cabeça Finn, não os membros. Ainda sei andar.

Suspiro e não respondo. Da madrugada de ontem para hoje ela teve um pico de stress enorme, eu não posso culpa-la.

Assim que entramos, mamãe já aparece na porta e nos recebe com um sorriso enorme. Ou melhor, recebe S/a. Ela ainda está me ignorando.

— Chegaram no momento exato! – Ela recebe S/n com um abraço breve e sorri. — O almoço está quase pronto.

— S/n come frutos do mar? – Meu pai se levanta do sofá num pulo e abraça minha mãe por trás.

Sinceramente, nunca vi ele agir assim. Isso tudo soa muito estranho.

— Como sim. – A voz dela é baixa. — Mas eu realmente não estou com fome, vão ficar incomodados se eu dormir um pouco?

Mamãe olha para mim e retorna o olhar para S/n, forçando um sorriso.

— Claro que não, querida. Vou deixar seu pratinho guardado no microondas, Finn leva para você depois.

— Obrigada. – S/n sorri apertando as mãos de minha mãe e a conduzo até o quarto.

— Tem certeza de que não quer comer nada agora? – Pergunto deixando uma bolsa com roupas e outras coisas dela em cima da minha cama.

— Sim.

É tudo o que diz.

Apenas compreendo e me mantenho calado sobre isso.

𝘥𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘰𝘴𝘰 𝘱𝘦𝘤𝘢𝘥𝘰 - 𝘧𝘪𝘯𝘯 𝘸𝘰𝘭𝘧𝘩𝘢𝘳𝘥 + 𝘺𝘰𝘶.Onde histórias criam vida. Descubra agora