Gandalf agora forçava um passo rápido, e os outros o seguiam o mais rápido que conseguiam. Alcançaram a tira de terra seca entre o lago e os penhascos: era estreita, geralmente de uma largura que não chegava a doze metros, e cheia de rochas e pedras caídas; mas eles encontraram um caminho, agarrando -se ao penhasco, e mantendo a maior distância possível da água escura. Uma milha mais ao sul ao longo da praia, encontraram azevinhos. Tocos e ramos mortos apodreciam nas partes mais rasas; ao que parecia, restos de antigas moitas, ou de uma cerca -viva que certa vez teria emoldurado a estrada através do vale submerso. Mas próximas ao penhasco ainda havia, fortes e vivas, duas árvores altas, mais altas que qualquer azevinheiro que Frodo jamais tinha visto ou imaginado. As grandes raízes se espalhavam da rocha até a água. Sob os imponentes penhascos, tinham parecido meros arbustos, quando vistas à distância, do topo da Escada. Mas agora se erguiam acima das cabeças, rígidas, escuras e silenciosas, jogando profundas sombras noturnas em volta de seus pés, eretas como pilares, feito sentinelas no final da estrada.
_ Bem, finalmente estamos aqui _ disse Gandalf. _ Aqui termina o Caminho dos Elfos de Azevim. O Azevinho era o símbolo do povo daquela terra, e eles o plantaram aqui para marcar o fim de seu domínio, pois a Porta oeste foi feita principalmente para ser usada por eles em seu comércio com os Senhores de Moria. Aqueles foram dias mais felizes, quando havia ainda uma forte amizade entre povos de raças diferentes, até mesmo entre anões e elfos.
Gandalf então tateava o enorme paredão entre duas arvores, olhando fixamente a parede lisa do penhasco, como se fosse perfurá-la com os olhos. Gimli andava de um lado para o outro, batendo na pedra aqui e ali com seu machado.
_ Bem, aqui estamos nós, todos prontos _ disse Merry _ Mas onde estão as Portas? Não vejo qualquer sinal delas.
_ As Portas dos Anões não são feitas para ficarem visíveis quando fechadas _ disse Alysanne _ São invisíveis, e nem mesmo seus donos podem encontrá-las ou abri-las, se seu segredo for esquecido.
_ Mas esta Porta não foi feita para ser um segredo conhecido apenas pelos anões _ disse Gandalf, de repente voltando ao normal e virando-se para os outros.
Andou para frente, em direção à parede. Exatamente no meio da sombra das árvores havia uma superfície lisa, sobre a qual ele passou suas mãos de um lado para o outro, murmurando palavras num tom baixo. Então recuou outra vez.
_ Olhem!_ disse Legolas.
A lua agora brilhava sobre a face cinza da pedra; mas os outros não puderam ver mais nada por um tempo. Então, lentamente, sobre a superfície, onde as mãos do mago tinham passado, linhas claras apareceram, como veias finas de prata correndo na pedra. No início, não passavam de uma teia de prata, tão fina que apenas piscava oscilante nos pontos onde a luz da lua batia, mas gradativamente as linhas ficavam mais largas e visíveis, até que se pôde adivinhar o desenho que formavam. Na parte superior, numa altura que o braço de Gandalf podia alcançar, via-se um arco de letras entrelaçadas, letras que pertenciam à língua dos elfos. Abaixo, embora as linhas estivessem em alguns pontos borradas e quebradas, podia-se ver o contorno de uma bigorna e um martelo, abaixo de uma coroa com sete estrelas. Abaixo destas estavam duas árvores, cada uma carregando luas crescentes, mais nítida que todo o resto brilhava, bem nomeio da porta, uma única estrela com muitas pontas.
_ Que diz a inscrição? _ perguntou Frodo, que tentava decifrar a inscrição no arco.
_ As palavras estão na língua élfica do Oeste da Terra-média dos Dias Antigos _ respondeu Gandalf. _ Mas não dizem nada de importante para nós. Dizem apenas: as Portas de Durin, Senhor de Moria. Fale, amigo, e entre. E abaixo está escrito, em letras pequenas e apagadas: eu, Narvi, as fiz. Celebribor de Azevim desenhou estes sinais.
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Dragon Blood 2 - The Ring
FantasyAnos se passaram, uma guerra a de se aproximar novamente, rivalidades devem ser deixadas de lado, antigos amigos se reencontraram, e um amor antigo voltará a tona enquanto eles lutam para que o anel não caia nas mãos do mal.