Incomplete

324 53 6
                                    

Por volta das 11h, Kara começou a ficar impaciente.

Ela esteve tão focada no trabalho atrasado por causa da sra. Alwine que não pensou direito em deixar as crianças sozinhas.

Tecnicamente, Lena não era uma completa estranha, e havia checado suas referências. Ainda assim, não a conhecia. E seus filhos, tampouco.

Ela pescou o celular do bolso e ligou para casa.

O som da chamada se prolongou até cair na secretária eletrônica.

Kara respirou fundo.

Ela podia estar no banheiro.

Ou poderia ter desligado o telefone na sala de aula para Clark estudar.

Ou poderia ter sequestrado as crianças.

Ela resmungou internamente, dizendo a si mesma para não pensar besteira e procurou em sua mesa pelo papel com o número de celular da Luthor.

O telefone tocou cinco vezes antes de cair na caixa postal.

Então Kara jogou o celular na mesa, dizendo para si mesma não ficar paranoica.

Porém, a situação era incomum. Por fim, com um xingamento, levantou-se e pegou o casaco.

— Estou indo para casa.

Informou ao assistente, caminhando para a porta. Quando o utilitário dela entrou na estrada de sua propriedade, seu coração congelou.

O carro de Lena não estava lá.

Temerosa, correu para dentro, chamando os filhos pelo nome. Nenhum som além do eco de suas próprias palavras.

Maluca aproximou-se de mansinho, encostando o focinho na mão dela para ganhar um chamego.

Kara abaixou-se para acariciar o cão, mas sua mente voltou para o dia em que recebera a ligação sobre a esposa.

Ela voltava de uma viagem de negócios e encontrou a casa vazia e fria, sem ter ideia de onde estavam a esposa ou os filhos.

Então, o telefone tocou, anunciando que a esposa estava morta e as crianças estavam na casa dos avós maternos.

Ela começou a suar frio.

Casas frias e vazias nunca eram um bom sinal. Ainda por cima, havia na cidade um sujeito que se achava o pai de Thea e era louco o bastante para se jogar sobre o caixão da esposa de Kara — sem se preocupar com as fofocas e as consequências de tal ato.

Kara não queria que ele esbarrasse em sua filha nem por acaso. Mesmo que as crianças estivessem seguras com Lena, isso não significava que estariam a salvo de Monel Matthews. Logo pegou o celular e ligou para a polícia.



(...)


Depois de comprarem uma grinalda e a guardarem no porta-malas, Lena levou as crianças para darem uma volta em outras lojas da cidade, a fim de lhes dar ideias para as supostas compras que fariam nas semanas seguintes.

Agora que havia convencido Clark
a decorar a casa para o Natal, ela queria explorar suas opções.

Estavam saindo da última loja, rindo enquanto tomavam sorvete, quando os policiais passaram por eles.

Um deles foi para cima de Clark e Thea enquanto o outro encurralou Lena contra a parede da loja.

— Você é Lena Luthor ?
— Sim?

Thea começou a chorar. Clark tentou se soltar do policial.

— E esses são Clark e Thea Zor-El?
— Sim.
— Recebemos um alerta de que você tirou essas crianças da casa delas.
— Eu sou a babá delas. Viemos para a cidade para eu comprar botas e um casaco.

Angel Christmas Onde histórias criam vida. Descubra agora