Only For You

314 54 0
                                    

— Então, o que devo dizer? Como posso fazer Kara entender que ela não pode proteger Clark para sempre? Que o pobre coitado só quer um pouco de liberdade? Talvez alguns amigos?
— Bem, você poderia tentar explicar que crianças são bem resilientes, e que apesar de a cidade ainda estar curiosa sobre eles, assim que Clark estiver há algum tempo na escola ele não será mais novidade.
— Isso é ótimo! Eu também gostaria de propor a Kara a ideia de Clark ir à escola na cidade. Isso serviria de incentivo para o menino melhorar as notas.
— É uma ideia melhor ainda.
— Que bom. Vou começar a trabalhar nisso hoje à noite. E aí, como estão as crianças?
— Loucas para que chegue o Natal. Mas Steve é pior. Só Deus sabe o que comprou para a gente este ano.

Ela riu.

— Isso quer dizer que você não gostou do trailer que ganhou ano passado?
— Nós amamos o RV, mas as crianças estão ficando mimadas.
— Um pouco de bajulação nunca machucou ninguém.

Maluca saiu correndo da sala de estudos, pelo corredor.

— Maluca! Pare de correr agora mesmo!
— Do que diabos você está falando?
— A cachorra. Ela se chama Maluca. E confie em mim, ela faz jus ao nome.
— Já pensou que talvez ela se comportasse melhor se tivesse outro nome, mais calmo?

Lena riu.

— Não estou brincando. Dê outro nome a ela.

Ela pausou, e então gritou.

— Owen! Pare com isso já!

O riso de Lena se transformou em risada.

— O nome de Owen não muda nada no comportamento dele.

Disse ela.

— Mal posso esperar para conhecê-los.
— Você pode vir amanhã para jantar?
— Não quero perder nenhuma interação entre Kara e as crianças até eu entender completamente o que está acontecendo. Dê-me mais alguns dias para observar e analisar.
— Tudo bem.

Natasha suspirou.

— Mas vá com calma, ok? Você não vai querer causar mais problemas. Ou pior: talvez esteja fazendo uma tempestade em um copo d’água.

Maluca pulou e lambeu o rosto de Lena, sua língua imensa fazendo um barulhão.

— E, Lena, rebatize o cachorro. Dê-lhe um nome mais calmo, e talvez ela se acalme.

Lena riu e desligou o telefone. Ela acarinhou o cão antes de fazê-la descer.

— Nós vamos chamá-la de Soneca.

A cachorra latiu. Ela segurou na coleira de Maluca e a levou para a sala de estudos.

— Certo, talvez esse nome seja calmo até demais.

A cachorra correu até Clark. A força de suas patas contra as costas da cadeira empurrou o menino contra a mesa.

— Ai!
— Maluca!

Lena bateu as mãos sobre os joelhos.
A cachorra correu e dançou ao redor dela.

— Minha irmã acha que deveríamos dar um nome mais calmo a ela.

Clark riu.

— Por quê?
— Para deixá-la mais calma.
— Que idiotice.
— É, mas nessa altura, eu tentaria qualquer coisa.

Ela olhou para Thea.

— Alguém tem sugestões?

Thea piscou. Clark bufou.

— Já passamos por isso quando a pegamos. Não somos muito bons com nomes de cachorro.
— Vocês precisam pensar em algo que combine com a personalidade dela.
— Papai disse que Cachorra Maluca está bom.
— Sim, mas eu acho que isso a encoraja a ser desobediente.

Ouvindo o que acabara de dizer, ela franziu o cenho. Lena estava certo.

Era estupidez mudar o nome de um cachorro na esperança de ele mudar de atitude. Porém, estava desesperada e
a ponto de tentar qualquer coisa.

— Que tal se pensarmos em um nome que descreva como queremos que ela se comporte?
— Você quer chamá-la de Anjo?

Lena olhou para Maluca, que latiu.

— Ela nunca será um anjinho. Ela está mais para o palhaço da turma. Sabe, poderíamos dar a ela um nome divertido, para ela ser engraçada e deixar de ser desobediente.

Clark riu. Thea sorriu.

— O único nome que consigo pensar é Ronald McDonald... ou Clara Bell.

Disse Lena. Como se testasse o nome, Clark repetiu.

— Clara Bell.

Maluca latiu e dançou ao redor dela de novo.

— Acho que ela gostou.

Lena então se abaixou e segurou a coleira do animal.

— Certo. Daqui em diante, você não é mais Maluca. Seu nome é Clara Bell. Você será engraçada, mas ainda assim será uma dama. Tudo bem, Clara Bell?

Clara Bell latiu e saiu correndo da sala

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Clara Bell latiu e saiu correndo da sala. Lena e Clark trocaram olhares.

— Não acho que vá funcionar.
— Minha irmã é bem esperta. Se uma ideia tola pode funcionar, então Natasha sabe do que está falando.

Clark se levantou e se espreguiçou.

— Então, o que vamos fazer hoje?
— Achei que você já estava trabalhando.
— Não quero mais estudar. Estou com vontade de fazer algo divertido.

Ela pensou na ideia de mandá-lo para uma escola na cidade como um incentivo para fazê-lo estudar, mas não disse nada.

Achou melhor ficar quieta até falar com Kara. Então, ela teve uma inspiração.

— Se você ficar estudando as quatro horas que deve no computador e depois fizer uma revisão rápida comigo, podemos pendurar a guirlanda de Thea esta tarde.

Thea deu pulinhos na cadeira, seu rosto brilhando de animação.

Clark sentou-se novamente.

— Certo.

Agora ela sabia que um pouco de incentivo funcionava muito bem com Clark.



(...)




Chegando em casa depois do trabalho, Kara estreitou os olhos. Havia algo pendurado na porta da frente.

Ela aproximou-se e resmungou.
Uma guirlanda grande e espalhafatosa. A raiva tomou conta do corpo, como ondas causadas por uma pedra arremessada em um lago.

Depois de tudo que lhe dissera na noite anterior, ela ainda saíra de casa? Levando as crianças para a cidade?

Angel Christmas Onde histórias criam vida. Descubra agora