Breathe

299 48 4
                                    

Com Thea no colo, Lena parou em uma arara com vestidinhos.

Ela pegou um de veludo vermelho com pele branca nas bordas, que parecia ser a roupa de algum elfo do Papai Noel.

— Que lindo.

Thea sorriu.

— Vamos lá, isso merece mais que um sorriso. Posso ver Yelenna nele.

Thea franziu o cenho.

— Não?

Ela desceu do colo de Lena, que esperava que a menina fosse procurar o pai. Mas, em vez disso, a menina saiu correndo.

— Thea!

Instantaneamente alerta, Kara foi atrás dela. Lena correu atrás de Kara, e, por sua vez, foi seguida de Clark.

A menina correu entre araras e fileiras de roupas penduradas, tão baixinha que era difícil para eles manterem o foco nela. Mas ela podia ver que Thea estava indo para a frente da loja.

Então, a porta abriu e fechou. Lena se apressou, temendo que a menina tivesse ido para a rua.

Na calçada, ela viu a pequena indo em direção a uma loja de brinquedos.

Ela não tinha altura para alcançar a maçaneta, então se esgueirou para dentro quando um casal idoso entrou.

Lena, Kara e Clark correram atrás dela.

Depois de percorrer várias fileiras de brinquedos, Thea finalmente parou diante de uma vitrine com bonecas expostas.

Lena parou sem fôlego ao alcançá-la.

— Nunca mais faça isso.

Ela sorriu e apontou para a boneca, um bebê enrolado em um cobertor rosa com uma chupeta na boca.

— Ela é uma graça.

Thea concordou com a cabeça.

Lena sorriu, uma ideia surgindo em sua mente.

— É isso que você acha que os trigêmeos querem? James e Owen talvez não vão gostar.

Thea balançou a cabeça com fervor.

— Então, é só para a Yelenna?

Ela balançou a cabeça de novo.

Lena olhou para Kara, que se ajoelhou diante da filha.

— Quem quer essa boneca, então?

Ela apontou para si mesma.

— Ah, você a quer?

Ela assentiu, seu rosto se iluminando com uma felicidade que Kara nunca vira antes.

Thea não queria só a boneca.

Ela gostava de passear, de ver coisas. Fazer compras.

Uma onda de tristeza a invadiu. Ela vinha privando os filhos de tantas experiências por conta de seu medo.

Sentiu com uma força maior ainda que precisava, enfim, saber a verdade sobre Thea, como Lena havia sugerido.

Seus filhos não podiam mais ficar escondidos, precisavam levar vidas normais, mesmo que isso significasse ter que lutar pela custódia daquela garotinha.

Kara se ergueu com Thea no colo.

— Obrigado por me contar o que você quer, mas você sabe que sou apenas uma embaixadora do Papai Noel.

Ela franziu a testa, inclinando a cabeça para o lado.

— Lembra-se do Papai Noel, o velhinho de roupa vermelha que traz presentes?

Angel Christmas Onde histórias criam vida. Descubra agora