Hollow

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Kara deu a volta na mesa.

— Vamos tirar suas coisas do carro, e então eu mostrarei a casa.

Ela fez menção para que Lena saísse primeiro do escritório.

A Luthor caminhou até a porta e Kara a seguiu, seu olhar sendo imediatamente atraído para as nádegas dela. Com uma careta, forçou-se a desviar a atenção.

O que estava fazendo?

Sim, Lena era linda com seu cabelo negro como Azeviche e os grandes olhos verdes, e sim, sentiu a eletricidade ao se cumprimentarem, mas ela agora era sua funcionária.

E, mesmo que não fosse, Kara não estava interessada. Ela poderia ter citado seus motivos usuais.

Perder a esposa tão repentinamente fora um choque. Mas descobrir que ela vinha tendo um caso com alguém que ele considerava seu amigo — isso quase a matara. A dor dos primeiros meses ainda ecoava.

Lembranças dela consolando Clark, o caos de cuidar sozinho de um bebê de 6 meses, o frio e o vazio do espaço da cama ao seu lado, tudo isso ressurgia quando ele pensava em seguir adiante.

Mas nada disso era tão ruim quanto o luto alojado em sua barriga como uma grande bola de chumbo, que competia com a humilhação de ter descoberto que ela estava tendo um caso. A mulher que acreditava a amaria para sempre, a mãe de seus filhos, havia lhe traído.

Esse tipo de humilhação deixava marcas e conseguia mudar a perspectiva de qualquer pessoa. Ela jurou que jamais voltaria a ficar tão vulnerável assim. Nunca mais.

Era por isso que não se preocupava com a atração pela nova professora de Clark. Ela era esperta demais para ser tentada ou sequer considerar confiar em alguém novamente.

Além disso, em seu currículo, Lena informava ter 28 anos, mas aparentava apenas 22.

Kara já estava farta de ser o alvo das risadas da cidade, e não precisava ser ridicularizada por correr atrás de uma mulher jovem demais para ela

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Kara já estava farta de ser o alvo das risadas da cidade, e não precisava ser ridicularizada por correr atrás de uma mulher jovem demais para ela. Abriu a porta do escritório e a deixou passar.

— Obrigada.

Disse Lena, sorrindo.

O coração dela deu um pulo no peito.

Ela a achara bonita?

Quando sorria, ela era de tirar o fôlego. Porém, não estava interessada.

— De nada.

Elas saíram para a varanda coberta de neve.

— Eu deveria ter pegado um casaco para você.

Ela lhe encarou, incrédula.

— Tem um que me sirva?

Kara queria mergulhar naqueles olhos verdes, mesmo que isso não fizesse sentido. Já havia enfiado na cabeça que não podia confiar em mais ninguém, e isso incluía não se apaixonar novamente, mas como deter a atração?

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