Após a morte da esposa, Kara Zor-El estava tentando viver o espírito natalino pelo bem das crianças.
Mas com o filho indo mal na escola e a filha quase sem falar, ela precisa é mesmo de um verdadeiro milagre. Enquanto isso, Lena Luthor era para ser...
— Eu mandei a polícia atrás de você. — Você estava com medo.
Kara bebeu o drinque, saboreando a sensação quente do líquido descendo pela garganta.
Então ergueu-se para preparar outro.
— Tudo bem. — Eu vi a expressão em seu rosto. Você estava aterrorizada. — Eu estava brava comigo mesma por ter deixado as crianças com alguém que não conheço direito. — Talvez. Mas algo fez você entrar em pânico, a ponto de ligar para a polícia.
Ela suspirou, desta vez bebericando o drinque. Não ia confidenciar seus segredos a uma desconhecida.
— Tudo bem, não quer conversar. Eu entendo. Mas vejo que você e seus filhos estão emocionalmente abalados. — Está dizendo que todos nós precisamos de terapia?
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— Estou dizendo que você precisa pegar leve consigo mesma e com as crianças. Você é obcecada por controle. Seus filhos sentem a necessidade de ficarem em silêncio para satisfazê-la.
Sentindo-se corada e embaraçada, Kara voltou para o sofá, ao passo que ela se levantou.
— Entendo que você não queira a ajuda de um estranho. Eu também não sou terapeuta. Mas passei seis anos com crianças da idade de Clark. Conheço o jeito deles, como eles gostam de xingar, bufar e revirar os olhos, e tornar a vida dos adultos um inferno. Sei que Clark faz algumas dessas coisas, mas com pouca frequência. Ele está ocupado demais tentando satisfazer você.
Lena respirou fundo.
— Você tem uma oportunidade aqui. Faltam quatro semanas para o Natal. Quatro semanas em que vocês podem decorar a casa juntos, onde você pode contar histórias natalinas sobre a mãe deles. Ver filmes antigos. Fazer bonecos de neve. Descer uma ladeira de trenó.
Kara ergueu os olhos para encará-la.
— A escolha é sua. Usar o Natal para transformar sua família em uma família de novo, ou deixar que as coisas continuem assim. Fingindo que Thea não fala por timidez, fingindo que é normal um garoto de 12 anos ser tão quieto. Daqui a seis anos, quando Clark resolver sair de casa sem dizer uma palavra sequer e sem intenção de voltar, você não poderá culpar ninguém, a não ser a si mesma.
O comentário raivoso de Clark sobre estar atrás das grades ecoou na mente de Kara, que suspirou, passou a mão pelo rosto e finalmente decidiu que não tinha escolha.
Não queria fazer com que os filhos lhe odiassem ou fossem infelizes.
Mas tampouco queria que eles fossem para a cidade.
— No dia em que minha esposa morreu, eu encontrei a casa vazia e fria. — Então, quando você voltou para a casa hoje, a casa vazia a assustou? — Não tanto quanto saber que as crianças estavam na cidade.
Kara passou a mão pelo rosto de novo. Odiava aquela dor, aquela humilhação.
— Minha esposa estava tendo um caso. Há um ano, aparentemente. Monel Matthews, um de nossos funcionários, chegou ao velório e caiu chorando sobre o caixão dela. Ele me chamou de todos os nomes possíveis por eu não ter dado o divórcio quando ela quis. — Ah, meu Deus.