You're The Reason

282 41 0
                                    

Clark foi para a sala de TV, seguido por Lena. Ela se lembrou que havia lavado a camisola favorita da menina, mas esquecido as roupas na secadora.

O medo tão familiar voltou.

Agiu como uma mulher solteira.

Não como mãe. Não como alguém responsável por filhos.

Tentando convencer a si mesma para não pensar nos próprios erros, foi até a secadora, tirou as roupas e as dobrou.

Carregando um monte de camisetas e pijamas dobrados, ela subiu as escadas até o quarto de Thea. Kara a seguiu.

Ela mostrou os pijamas.

— Eu me esqueci que havia lavado esse pijama.

Ela lhe mostrou uma garrafa de gel para banho.

— E eu me esqueci que isso aqui acabou.

Seus olhares se encontraram.

O medo dela aplacou-se um pouco. Mesmo um pai experiente se esquecia de uma coisa aqui e ali.

De certa forma, isso tornava ambas um pouco mais compatíveis. Ela sorriu.

A outra também.

— Nós lhe desejamos um feliz Natal e um próspero ano-novo.

Ao som daquela voz fina e doce, Kara e Lena viraram-se juntas para o banheiro. A loira então sussurrou.

— Ela está cantando.

Surpresa demais para falar, ela apenas assentiu.

Thea repetia “Nós lhe desejamos um feliz Natal e um próspero ano-novo” enquanto Kara e Lena se esgueiravam pela porta do banheiro e a  espiavam.

Nua, esperando para entrar na banheira, Thea cantava para o ursinho cor-de-rosa.

— Ela está cantando para o urso? Desejando a ele um feliz Natal?

Lena refreou o riso com a mão.

— Ah, olha como ela é linda.

Sussurrou Kara, com os olhos marejados.

— E como ela está feliz. Ela ama você, Kara. E sempre será a sua garotinha.
— Não vamos nos enganar. Se o teste indicar que ela não é minha filha, há chances de Monel juntar os fatos e vir atrás dela.
— Talvez não.
— E o que eu devo fazer se ele não vier buscá-la? Mantê-la longe do pai biológico?

Lena não sabia o que dizer, então ficou calada.

Kara estava com um belo dilema. Ela abriu a porta e pegou a garotinha no colo, fazendo cócegas na barriga dela antes de colocá-la na banheira.

— Nós ouvimos você cantando.

Ela corou, comprimindo os lábios. Lena sentou-se na beirada da banheira e acariciou o cabelo dela.

— Ah, querida. Sua voz é tão linda. Nós adoramos ouvi-la.

Ela balançou a cabeça e olhou para a água borbulhante. Ela não ia falar.

Com um rápido olhar para Lena, Kara disse.

— Então, vamos tomar banho, para depois eu ler uma história para você.

Obviamente aliviada, Thea assentiu.

Ao descer as escadas depois de colocar a filha na cama, Kara suspirou pesadamente.

— Você sabe que se uma psicóloga a vir se comunicando por sussurros, e só comigo, eu serei crucificada e não me deixarão ficar com ela. Com sorte, poderei visitá-la.
— Isso se o teste de DNA indicar que ela não é sua. E se Monel pedir a custódia de Thea. Não sofra por antecipação.

Angel Christmas Onde histórias criam vida. Descubra agora