𝟎𝟏𝟗

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𝐍𝐢𝐧𝐚 𝐁𝐞𝐥𝐜𝐡𝐢𝐨𝐫

Após o jogo contra a Coreia os jogadores ficaram muito mais confiantes sobre ganhar a Copa, a torcida toda ainda parecia extasiada com a vitória

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Após o jogo contra a Coreia os jogadores ficaram muito mais confiantes sobre ganhar a Copa, a torcida toda ainda parecia extasiada com a vitória. No caminho de volta para o hotel no ônibus da Seleção foi mais animada do que em qualquer outro jogo, por mais que fosse quase duas horas da manhã todos ainda tinham ânimo para tocar pandeiro e ficar cantando durante todo o percurso, a festa não acabou quando chegamos no hotel.

Neymar chamou todos para seu quarto e a festa continuou dentro dos aposentos do jogador, eu e minhas amigas cantávamos "Evidências" no Karaokê improvisado que fizemos, acompanhávamos a letra na televisão e os microfones eram os controles da televisão e do ar condicionado.

Depois da nossa apresentação digna de um prêmio foi a vez de Neymar, Paquetá e Vini cantarem, a música que escolheram foi "Tá vendo aquela Lua". Os três cantavam tão desafinado e fora de sincronia que meus ouvidos iriam começar a sangrar a qualquer momento.

- Meu Deus meus tímpanos estão morrendo.- Brinquei quando eles terminaram a canção.

- Pode falar, Nina, você queria pelo menos 5% do nosso talento.- Ironizou Neymar e eu ri.

- Como você descobriu?! Era meu segredo mais bem guardado.

Após várias risadas e muitas músicas voltamos para nossos quartos, já de banho tomado Gabriel se deitou ao meu lado.

- Você deveria se mudar logo para o meu quarto.- Ele disse.

- Gosto da sua companhia, mas também gosto do meu espaço, Gabi.- Respondi com um sorriso.

- Tudo bem, mas eu acho bom você continuar dormindo aqui.- Eu assenti e ele deixou um beijo em minha testa.

Eu amava ter privacidade, um lugar para ficar sozinha com meus pensamentos, mas parte do motivo de eu não querer me mudar para o quarto do garoto era o fato de eu não querer me acostumar com sua presença.

No momento tudo era incerto, podíamos continuar aqui até o dia 18, mas também havia a possibilidade de sermos eliminados e voltar para casa mais cedo, só uma coisa era certa, eu não iria me mudar para Londres quando tudo isso acabasse.

Minha vida toda está no Rio, nasci e cresci lá, conforme fui crescendo passei a viajar mais a trabalho, mas no fim meu lar sempre seria ali.

Ver Gabriel era uma constante lembrança de que eu seria a pessoa que o deixaria para trás, e pela forma que as coisas estavam acontecendo eu também partiria seu coração.

A respiração de Gabriel era baixa e ele descansava a cabeça em meu peito, podia perceber que ele estava quase pegando do sono.

- Boa noite, Gabi.

- Boa noite, Nini.

Eu não queria que isso acabasse agora, sei que ele também não, por isso não tocamos no assunto, eu queria poder congelar aquele momento e ficar assim, sem precisar me preocupar com o dia de amanhã.

𝐄𝐍𝐃 𝐆𝐀𝐌𝐄- 𝘎𝘢𝘣𝘳𝘪𝘦𝘭 𝘔𝘢𝘳𝘵𝘪𝘯𝘦𝘭𝘭𝘪 Onde histórias criam vida. Descubra agora