38 - Uma Noite

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PETE

Eu não conseguia andar ou mexer um músculo se quer do meu corpo, Vegas fez o que eu pedi, eu segurei todos os limites.


"Vamos Pete, diga a apalavra"


Eu nem falava mais, meu maxilar estava totalmente anestesiado das estocadas fortes do membro de Vegas, eu nem olhei em seus olhos eu só sorri, eu não vou machucar ele, e jamais me deitarei com Safira ou Fazza, eu posso dar o que ela quer de outra maneira.

Seis longos anos sem um carinho, sem um toque mais afetivo, passeios 12 cios como um adolescente na puberdade, os últimos ficaram mais leves e aprendi a ignorar, mas os primeiros me levaram a loucura, eu chorava por Vegas, eu pedia por ele trancando em um quarto, sem falar com ninguém, eu não comia, ou bebia algo, passeia a fumar mais intensamente depois disso, quem sabe a morte poderia chegar mais fácil assim.

Eu tentei conhecer algumas pessoas, lembrava do passado das festas em que ia, dos crush que conhecia em uma noite e depois nunca mais voltava ver, o Sheik foi alguém marcante, quando soube dele no meu casamento, minhas lembranças borbulhavam, eu poderia ter tido uma vida diferente, poderia ter deixado Kinn e a família Theerapanyakul para trás, e conhecer alguém que me desse paz, quem sabe Venice não me odiasse tanto, tantos quem sabe, mas eu me odiava por pensar assim, ou por estar tentando seguir em frente.

Na praia eu o quis por primeiro, eu que fui atrás de Vegas, mesmo sabendo que não devia, anos depois na festa ele só disse algumas palavras e eu o beijei como se minha vida dependesse daquilo, talvez Venice tivesse sido feito no carro, quando já foi a primeira rodada, ou no corredor antes mesmo de entrar no quarto, posso até me lembrar de estar de joelhos e colocar a camisinha com a boca no membro duro de Vegas, mas sinceramente essa foi única vez que toquei em uma camisinha aquela noite, e eu sempre fui tão cuidadoso, e com Vegas todas as lembranças do passado eram liquidas, passageiras, ou eu estava no cio ou estava bêbado do grau mais elevado, mas todas as aparições de Vegas em minha mente eram nítidas e fortes, eu jamais poderia esquecê-lo, eu o quis, eu o procurei, e não irei magoa-lo dessa forma.

EU perdi a memória e com o tempo todos e os dias eu fui resgatando boa parte delas, por isso foi tão difícil, horas eu o amava e sentia sua falta, depois eu odiava porque as nossas brigas e a perda de Ana me vieram muito tempo depois e eu estava completamente sozinho, onde estava Vegas? Vivo, morto? Eu não sabia, a solidão que eu senti me magoou de mais.

Eu desmaiei depois do último orgasmo, deu tempo só de olhar Vegas esfregando a mão dolorida depois que me bateu, e não me lembro de mais nada.

Quando abri meus olhos, me senti sozinho, Vegas não estava na cama comigo, e isso me apavorou, você me perdoou mesmo? Cadê você?


-Vegas?


Minha voz saiu tão baixa, estava praticamente sem voz, eu tentei levantar meu braço para pegar meu telefone, mas me mantive parado, estava dolorido das cordas que Vegas me prendeu, "você é só meu Ômega" "a vontade que eu tenho de te deixar amarrado assim para sempre" "anda tente tirar a corda que eu mato você", tudo mentira, Vegas nunca me mataria, mas eu não me atrevi a desobedecê-lo, só queria sentir meu Vegas sádico e confiante, ninguém pode me possuir além dele, ninguém me dá prazer como ele, Vegas cadê você? Comecei a chorar, estou tão sensível, sinto sentimentos diferentes em mim, será que é porque ele me marcou de novo e essa distância machuca, não sei explicar...

Vegaspete - Uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora