Vegaspete - Uma noite

43 - Uma Noite

VEGAS

Isso vai ter um fim agora, estou cansado de mais, meu pai me deixou um legado de dor e destruição, que mesmo morto eu ainda sou culpado por todas as suas escolhas erradas.

Olhei para Pete que fitava a estrada com o olhar perdido, isso era um perigo, nesses momentos nos dois sempre agimos de forma inconsequente para proteger a família, e eu não consigo pensar que meus filhos estão passando por algo semelhante ao que eu passei, entre as facções, as gangues tudo estava organizado e distribuído, nossas lei perduravam a Tailândia inteira, e a Itália, não vendemos mais drogas, mas isso não quer dizer que ela não aconteça, mas os responsáveis por isso agora tem leis e regras, algo fora da linha, só tinha um resultado a morte.

Eu entrelacei minha mão enquanto a outra seguia firma no volante em seus dedos, segurei firme até chegarmos à mansão principal. Eu não sabia o que dizer, e ele sabia que eu sabia sobre o sequestro, não sei com quem ele falo agora no telefone, mas agora ele sabe também.

Eu só vim desejando, "por favor, não faça nada sozinho", isso era a cara dele, eu o deixei 6 anos, Pete esta condicionado a se virar, ele matou Choi no meu lugar, ele é muito mais preparado para isso do que eu, mas agora era nosso menino, fugimos por ele a primeira vez, e no fim estamos aqui os dos perdidos em tantos sentimentos.

Inesperadamente, antes de descer do carro, Pete puxou meu rosto, e beijou minha boca, de forma grosseira, não teve língua, não teve carinho, mas teve aperto, teve necessidade.

-Vegas, vamos matar todos eles.

Eu apenas concordei, e uma parte da minha aflição se aquietou, ele não vai me deixar agora, quando saímos do carro e fomos entrando, ele segurou minha mão, na mesma intensidade do beijo, não tem passado entre nós, não tem traumas aqui, não tem mais medo, somos nos dois finalmente unidos, e traremos nosso menino, e as crianças de volta.

Antes mesmo de abrir a porta escritório eu já sábia quem estava lá dentro, e eu tive a mesma vontade de Pete, quando bateu o olho em KIM, eu apenas mantive minha mão na sua, enquanto ele erguia a arma para KIM.

-O QUE VOCÊ FEZ? -Pete apontava sua arma quase batendo na cabeça de KIM

-Eu tentei ajudar, mas falhei. -Os feromônios de KIM indicavam confusão, e medo.

-Vamos todos nos acalmar, eu já o puni o suficiente. -Kinn disse

-6 ANOS KIM, VOCÊ TIROU TUDO DE MIM, E AGORA VOLTA, E NOSSOS FILHOS SOMEM? ACHA QUE SOU IDIOTA?

-Você está certo Pete, eu não ligo se essa arma disparar, é um favor que você me faz.

Eu continuava segurando a outra mão de Pete e com mais força, consigo ver que ele não teve culpa, mas ele fodeu minha vida, ele se aliou aos meus inimigos, e me mandou para o inferno, Kinn tão pouco se colocou na frente de Pete, acho que todos que estão na sala pouco se importa que ele morra.

-Aqui está meu celular, aqui está tudo que recebi, todas as propostas estão gravadas em áudios, tudo que eles esperam de mim hoje.

-O que a Yakusa quer? Eu não sou líder de nada, nem meu parceiro, Choi foi o responsável por tudo, a filha deles enlouqueceu por culpa de um amor doentio. Eu nunca quis matar tanto alguém como eu quero acabar com a sua vida KIM. -Dizia Pete

-Eu fiquei preso todo esse tempo, eu nunca pedi para sair, eu nunca recebi uma visita todos esses anos, dento da prisão eu ficava em isolamento, porque todos temem os Theerapanyakul, eu sei que isso nunca vai apagar meus erros, eu fiz uma escolha errada e pago por isso todos os dias, ainda mais quando Chay olha para mim, então se vai me matar ou não tanto faz, eu tentei ajudar meus sobrinhos, e sei que a hora que eu pisar fora dessa casa, não vou conseguir andar dos quarteirões e eu serei morto, se não por vocês, pela Yakusa.