Festa Na Mansão

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E realmente ninguém fazia nada direito

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E realmente ninguém fazia nada direito. Quem havia ficado encarregado de trazer refrigerante, não trouxe; quem ficou encarregado da carne, esqueceu; quem ficou encarregado do carvão, trouxe madeira.

Ninguém fazia nada direito. Mas não importava. As presenças já eram o mais importante.

Enquanto todos tentavam deixar a mansão de Historia com uma aparência melhor, eu ficava encarregada de trazer Ravi. Na verdade, fiz questão de esconder isso dele. Conversei com seus pais em particular, e eles super apoiaram, mesmo sabendo que poderia ter palavras ou músicas com má influência.

- Onde estamos indo? – Ele me questionava no meio do caminho. Tia Silvinha olhava para o retrovisor e apenas sorria.

- Você verá. – Falei olhando para trás e notando seus olhinhos brilhando ao ver a paisagem passando pela janela. – Tia, lembra quando eu era pequena e para me animar você queria me ver livre?

Ela sorriu e assentiu, entendendo o meu recado. Ela abriu a janela traseira, onde Ravi estava sentado, deixando entrar totalmente o vento. Ele se assustou no começo, nos olhando sem entender.

- Você é livre, Ravi. Nunca se esqueça disso. – Comentei apontando com a cabeça a janela. – Não deixe que essa doença lhe impeça de fazer o que gosta.

Ele teve medo, mas em pouco tempo colocou um de seus braços para fora, permitindo sentir o vento. Após, me encarou, perguntando se realmente podia. Assenti. Ele apenas sorriu em forma de agradecimento e então colocou totalmente sua cabeça para fora da janela.

- ISSO. É. DEMAIS!!!!!! – Ele berrava. – OLHA. O QUE SÃO ELES?? – Ele apontava para o Norte, mostrando um rebanho de ovelhas em um campo.

- São ovelhas. Peludinhas e branquinhas.

- UAU, NUNCA VI UMA NA VIDA!! SÃO LINDAS!!! – Eu amava como uma criança havia uma inocência tão linda. – EI, {S/N}. POR QUE NÃO VEM AQUI ATRAS?

Olhei para Tia Silvinha e logo após olhei a rua a nossa frente. Não havia trânsito, então me permiti ir para os bancos traseiros. Abri a janela contrária à dele, colocando minha cabeça para fora também.

- ISSO É LOUCO, NÃO É? – Ele tentava se comunicar comigo do outro lado. – OBRIGADO POR ESSA OPORTUNIDADE!! VOCÊ É A MINHA HEROÍNA.

Não, Ravi. Você que é meu herói. Me mostrou com tão pouca idade que uma doença não será forte o suficiente para lhe impedir de fazer o que gosta e muito menos impedir de amar quem você ama.

Ele permaneceu na janela até o fim da viagem. Ao chegar na mansão de Historia, seus pequenos olhos se apavoraram.

- Minha nossa. Uma princesa mora aqui? – Ele tentava prestar atenção a cada detalhe que a casa tinha.

- Sim, e você será o herói que a salvará. – Pieck apareceu logo atrás de nós, ela havia desembarcado da sua carona. – Está preparado para isso?

60 Dias Para Te Amar (Hange ~ Fem!Reader)Onde histórias criam vida. Descubra agora