O barulho da porta se abrindo fez com que meu corpo chegasse a um estado de choque, fazendo ele tremer. Naquele momento, meus olhos se fecharam por conta própria. Era como se o medo tivesse tomado conta deles.
A voz que eu ouvia estava agitada, e com o choque, eu não a reconhecia.
- {S/N}, ei. Está tudo bem – Olhei para a mesma – Preciso que você volte para a sua casa, depois eu explico o porquê.
- Hange? – Ela sorria.
- Não se preocupa – Ela estava inquieta – Te ligarei assim que puder. Agora não é uma boa hora para explicações.
Eu não sei o porque, mas eu sentia que poderia confiar nela. Apenas confirmei com um aceno de cabeça. Caminhei até a porta, mas fui impedida.
- Acho que seria melhor sair pela janela – Me virei encarando-a.
Olhei para a janela. Era alto demais. Não sei o que havia deixado Hange daquele jeito, e minha mente não conseguia entender nada do que estava acontecendo.
- É alto demais para pular – Falei.
- Há uma árvore virando para a esquerda, e um de seus galhos bate no telhado. Será fácil descer por ele. E qualquer coisa estarei aqui – A confiança de Hange me acalmava – Dará tudo certo, princesa.
Confiei nas palavras doces de Hange e segui para a janela. A janela dava direto para uma parte do telhado, então foi fácil caminhar por cima do mesmo. O galho ao qual Hange havia dito, estava lá, e o seu tamanho era grande o suficiente para me aguentar.
Antes de me apoiar no galho, virei-me diante a janela aberta onde Hange me observava.
- Até depois? – Sorri.
- Com toda certeza! – Hange sorria devolvendo uma piscadela.
Subir uma árvore pode ser mais fácil que descer, mas aquela árvore parecia perfeita para ambas as coisas. Ao pôr meus pés no chão, dei uma última olhada na janela, onde a mesma já estava fechada.
A distância entre a minha casa e a de Hange era longa para uma caminhada, mas de carro era perto o suficiente para não gastar muita gasolina. Levei cerca de 15 minutos até estar totalmente em casa.
- Cheguei – Falei retirando meus sapatos. Ninguém havia me respondido.
As luzes da sala estavam apagadas, o que era estranho. Edward costuma terminar o trabalho antes de minha mãe, então quase sempre passa o tempo livre olhando futebol na TV, mas naquela tarde tudo estava quieto, antes de eu ouvir alguns xingamentos virem do segundo andar.
Subi dois degraus de cada vez, e a cada centímetro mais perto dos xingamentos, a voz aumentava.
- Eu não entendo! Por que você é assim?? Por que não pode ser igual aos outros adolescentes? – Pude reconhecer a voz de Edward vindo do quarto de Floch.
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60 Dias Para Te Amar (Hange ~ Fem!Reader)
Fanfic"Você já pensou em como poderia ser os últimos momentos da sua vida? Eu penso sobre aquele último suspiro. A tentativa de puxar o ar. Penso nos músculos do meu corpo queimando e se dilacerando, completamente inúteis. Nada de nada. Só a escuridão. Ma...