"Você já pensou em como poderia ser os últimos momentos da sua vida?
Eu penso sobre aquele último suspiro. A tentativa de puxar o ar. Penso nos músculos do meu corpo queimando e se dilacerando, completamente inúteis. Nada de nada. Só a escuridão. Ma...
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Pov: {S/N}
Naquele dia, pode não parecer, mas eu senti que algo estava prestes a mudar. Seja na forma como eu via as coisas ao meu redor, ou como todos me tratavam. Saber ser importante te torna alguém mais calma e feliz, mas sempre que há uma felicidade, também haverá a tristeza. E isso é bom, pois se a vida fosse só alegrias, você não iria saber amadurecer. Cada sentimento te faz viver da melhor forma possível.
Logo após Hange ter ido embora, não havia se passado nem 5 minutos, quando Sasha já batia na porta do meu quarto. No momento em que ela entrou, e viu que eu sorria, ela correu em minha direção, abraçando-me.
- Aaaaaaa – Ela berrou de felicidade. – Fico feliz que esteja bem!!!!
- Sasha, isso aqui é um hospital!
- Ah é, esqueci disso. – Ela olhou ao arredor, como se fosse pedir desculpas para as paredes. – Então me conta, a comida do hospital é boa?
- É sim. – Gargalhei.
- Poderia me emprestar um pouco dela? Eu gostaria de provar.
- Emprestar comida? Como você me devolveria ela?
- Acho que pelas fezes, mas ninguém gostaria de ter essa experiência. – Tia Silvinha falou, olhando para Sasha como se ela fosse louca.
- Nunca parei para pensar nisso. – Sasha falou enfim.
Sasha acabou passando 2 minutos falando sobre como os Marleyanos não respeitaram o acidente e foram embora como se nada tivesse acontecido, e os 8 minutos restantes ela falou que viria me visitar nos horários do almoço, para "me fazer uma visita".
- Prometo que trarei alguns jogos de tabuleiro para jogar... Enquanto comemos, é claro. – Ela falou por entre a porta e o quarto.
- Já acabou seu tempo, Sasha. – Mikasa falou, aparecendo atrás dela e entrando rapidamente pela porta. – Até mais. – Ela bateu à porta na cara de Sasha.
- Gente, que isso. – Tia Silvinha tentava se recuperar ainda dos assuntos de Sasha, quando Mikasa interveio. – Não acaba mais?
- Tem mais 11 lá fora esperando a sua vez de visita.
- Ai minha nossa. Eu vou dar uma volta no hospital, logo eu volto. – Tia Silvinha saiu do quarto. – Se cuida.
Mikasa olhou para fora da janela, talvez pensando no que falar.
- Quer nos matar de susto?
- Hein?
- Você, caindo lá... Ninguém esperava por isso. – Ela olhou o quarto, e olhou todas as coisas que estavam conectadas a mim. – Mas, você está bem?
Assenti positivamente. Era a terceira vez que eu preocupava as pessoas ao meu redor, e eu não queria que isso se repetisse, mas sei que não posso fazer muito para ajudar a mim mesma.
