In Love With The Wrong One (Imagine)

Um

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Jotaro Kujo.

Lutar contra outros usuários de stand já tinha virado rotina desde que havíamos perdido o paradeiro de Yoshikage Kira. Eu não me importo muito de ter que enfrentar alguns deles, o problema maior é quando eu tenho que correr atrás. Se tem algo que me deixa puto, são pessoas covardes que guiam a luta até o momento em que parecem ter a vantagem, e quando a perdem, resolvem fugir.

Eu odeio pessoas desse tipo.

— Espera, espera! — O garoto de cabelo espetado com gravuras diversas tatuadas pelo rosto e trajado em roupas escuras, rastejava com as costas e auxílio das pernas pelo chão. Uma de suas mãos era direcionada a mim em uma súplica para que eu parasse de me aproximar. — Eu juro que não faço de novo! Eu juro que nunca mais vou me envolver com vocês, nunca mais vou usar meu stand, eu juro!

— Você tem ideia de quantas vezes eu já ouvi isso só essa semana? — Aproximei-me um pouco mais dele, tentando manter a paciência.

— Não cara! Por favor, não faz isso. — Lágrimas começaram a surgir em seus olhos ao mesmo tempo em que o ranho já escorria pelo nariz. — Eu faço o que você quiser, só não me mate!

Sequer pretendia ir tão longe, mas o meu pavio diminuía cada vez que ele abria a boca para falar. Depois de todas as ameaças que ele fez quando aparentava estar com o jogo ganho, está achando que eu vou dar ouvidos para as merdas que ele está dizendo.

Bem, talvez eu deva dar pelo menos uma chance a ele.

— Aquela mulher que você atingiu lá atrás. — Iniciei, fazendo questão de encara-lo fixamente de forma fria. — Eu quero que você desfaça o que fez.

O garoto se reprimiu, grunhindo como se pudesse chorar feito uma criança a qualquer momento.

— Não posso fazer isso. — Parou de se rastejar finalmente, mantendo a expressão chorosa naquela face confusa repleta de rabiscos. — Uma vez que alguém é pego na habilidade do meu stand, eu não sou capaz de desfazer.

Só pode ser brincadeira.

— Como é que eu vou fazer ela voltar ao normal, porra? — Perguntei um tanto frustado, em uma luta interna entre a vontade de socar ele com força e a vontade de socar ele com muita força.

— Eu não sei, não sei, tá legal? — Permaneceu inexpressivo até o momento em que eu invoquei o Star Platinum. — Espera! Espera! Vai passar com dois ou três dias, se você conseguir manter ela longe daquele cara, vai ser até mais fácil.

— Você está dizendo que eu vou ter que me virar para desfazer a merda que você fez ? — Meu dente rangeu no instante em que ele assentiu com a cabeça. — Não me leve a mal, mas agora eu vou ter que te socar até a minha raiva passar.