Treze

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Josuke Higashikata.

— O Rohan e eu vamos para a delegacia, você e o Okuyasu vão atrás da (nome). Se vocês encontrarem ela, liguem de imediato, vamos fazer o mesmo assim que descobrirmos o que aquele cara disse.

Desviei o meu olhar da estrada apenas para encarar o telefone do Rohan, não é a primeira vez que eu dirijo uma moto com um desses na mão, mas é a primeira vez que eu sinto o meu coração tão apertado desse jeito... Ele não quis contar porque é ruim, não é? Tem uma coisa muito ruim acontecendo com a (nome), e não saber o que é está acabando comigo.

O Okuyasu está tão calado que chega a me assustar, ele provavelmente está se sentindo culpado por ter deixado a (nome) fugir, o Rohan com certeza alfinetou ele, talvez bem pior do que tentou me alfinetar.

Estacionei a moto a frente da casa do Koichi, e enquanto caminhava até a porta de entrada, fui chamado pelo Okuyasu. Meu coração apertou ainda mais quando eu olhei para ele, com o cenho franzido e os olhos marejados.

— Desculpa...

— Tá tudo bem, tá legal? — Eu desviei o meu olhar do dele, me comovendo levemente com a sua expressão. — Vamos achar ela antes dele, e ela é boa de socos, você sabe...

— Tem uma coisa que...

— Meninos? — A mulher atraiu nossa atenção para a porta, parecia estar saindo de casa naquele momento. — Aconteceu alguma coisa?

— Não, não foi nada. — Me pronunciei, caminhando até a mãe do albino. — Eu só vim ver se o Koichi está e...

— Mas por que? Ele não foi pra escola hoje?

Que maravilha!

Havia me esquecido completamente desse detalhe, estava contando com o Koichi para ajudar na busca, e chamaria até mesmo a maluca da Yukako, ela provavelmente está na escola também, assim como o Mikitaka. O Okuyasu e eu nos envolvemos demais nisso, acabei me esquecendo, e com certeza vou levar um esporro quando chegar em casa, pelo horário, nem vale mais a pena ir.

Somos só eu e o Okuyasu de novo, e agora? Seria mais fácil se a gente se separasse, mas só temos um telefone, se um de nós a encontrasse, o outro não teria como saber. Poderíamos usar um telefone público, mas eu não conseguiria ligar para o Okuyasu, e ele iria continuar procurando mesmo se eu já estivesse com ela.

Suspirei.

Se a gente conseguisse mobilizar um bom número de pessoas para ir atrás dela... Mas isso com certeza atrairia a atenção do Kira, e a polícia só deixaria a situação mais arriscada, se fosse seguro, o Noriaki teria sugerido isso, não é?

Nós já andamos por uma boa parte da cidade, nem sinal dela, talvez o Kira...

— Oi, Josuke! — Okuyasu bateu no meu ombro, indicando o cara do outro lado da rua, encostado na própria moto, cercado pelo fã clube dele. — O Yuuya pode achar ela pelo cheiro.

— Boa, Okuyasu! — Não contive o sorriso, até senti um alívio no peito, eu provavelmente não teria visto ele, nem me lembrava que ele era capaz de fazer uma coisa dessas. — Ainda bem que você tá aí.

Ele murmurou em compreensão, e eu esperei por uma oportunidade de atravessar a rua com a scooter do Noriaki, estacionando-a o mais próximo que eu podia do outro.

— Yuuya! — Atrai a atenção dele para mim, descendo da moto, indo na direção dele. — Preciso de um favor, preciso que você use a sua habilidade pra encontrar a (nome), é urgente, uma emergência...

— Calma aí, garoto. — Ele riu, levantando as mãos em rendição. — Não é assim que as coisas funcionam. — Franziu o cenho e cruzou os braços um tanto pensativo. — Por acaso, essa tal de (nome) é a namorada do Jotaro? — Concordei sem demora, e ele soltou um "hmm" como se soubesse de alguma coisa. — Ela tava aqui agora a pouco...

In Love With The Wrong One (Imagine)Onde histórias criam vida. Descubra agora