Dez

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(nome) (sobrenome)

- Se você continuar com essa pirraça, eu vou te deitar aqui a força. - O Josuke disse irritado, depois de eu ter negado a me deitar ao lado dele pela quarta vez.

- Eu já disse, eu estou bem aqui. - Descansei a cabeça entre os meus braços, apoiados na bancada enquanto eu tentava relaxar o meu corpo naquela banqueta sem encosto, sentindo minhas costas arderem a cada movimento que eu fazia.

- Eu estou falando sério, se eu for aí te buscar, eu não vou ser nada delicado.

Suspirei incomodada e levantei a minha cabeça, jogando a minha atenção para o Josuke, tentando enxerga-lo através da iluminação fraca das velas que achamos na casa, deitado sobre o casaco que ele esticou no chão, deixando um espaço entre si e a parede, claramente onde ele quer que eu me deite.

- Você não pode me obrigar a deitar aí.

- Não só posso, como vou fazer isso. - Franziu o cenho, demonstrando sua irritabilidade. - Quer que eu conte até três como se você fosse uma criança?

Eu não gosto do jeito que ele fala, e eu ainda estou abalada por tudo o que ele me disse, ele conseguiu fazer com que eu me sentisse culpada, estou remoendo lentamente cada palavra que saiu da boca dele.

- Vamos lá, comece a sua contagem. - Retornei o meu olhar para os meus braços na bancada e apoiei novamente a minha cabeça entre eles. - Quero ver se você é mesmo capaz de me obrigar.

- Três. - Ele disse, com o rosto próximo ao meu e a respiração entrelaçada a minha.

Ele claramente usou a habilidade, parou o tempo e me deitou ali, contra a minha vontade. Eu reclamei instantaneamente e tentei sair dali, mas o Josuke me abraçou pela cintura e colou o corpo ao meu, jogando uma das pernas sobre as minhas, me pressionando contra a parede, impedindo que eu me movesse.

- Fica quieta, você vai arrebentar os pontos.

- Você não pode fazer isso, não pode me obrigar!- Eu gritei, incomodada por não conseguir me mover. - Eu vou te atacar com aquela coisa se você não...

- Tente. - Aprofundou o olhar o meu, aproximando ainda mais o rosto, exalando seriedade e um tanto de frieza, fazendo com que o odor de cigarro batesse contra o meu rosto através de seu hálito. - Se quer saber o que o meu stand é capaz de fazer, invoque o seu. Só vou te avisar, a precisão dele é muito alta, e eu não vou pensar duas vezes se tiver que te apagar pra você parar com essa birra infantil.

- Você não pode me ameaçar desse jeito. - O ardor tomou conta dos meus olhos novamente, e as lágrimas escorrem com tanta facilidade quanto da ultima vez. - Depois de me fazer sentir culpa, quer que eu sinta medo de você também?

Ele suspirou incomodado e se moveu, me espremendo um pouco contra a parede ao passar o braço por baixo do meu pescoço, e empurrou a minha cabeça com a mão, fazendo com que meu rosto se aproximasse de seu peitoral.

- Não era dessa forma que eu queria agir, você está me deixando sem opções com essa birra. - Ele afrouxou o abraço em minha cintura e removeu a perna das minhas. - Amanhã nós vamos andar pra caralho, eu não quero ter que te carregar o caminho todo, então faça esse favor pra mim, (nome), e dorme.

- Você podia ter sido um pouco mais maleável, idiota. - Deslizei delicadamente minha mão pela sua cintura, subindo pela costela até firma-la nas costas dele, aprofundando ainda mais o meu rosto. - Podia ter dito isso antes de me mandar deitar aqui do jeito que você fez.

In Love With The Wrong One (Imagine)Onde histórias criam vida. Descubra agora