Três

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Jotaro Kujo.


Não queria ter que dizer isso, mas não sei se vale a pena continuar tentando trazer ela de volta. Não é por falta de esperanças, minha paciência excedeu tanto o limite que algo explodiu dentro da minha cabeça, algo que deveria permanecer intacto, algo que está me fazendo perder a vontade de continuar com isso.


Amanhã eu vou mandar ela de volta para casa, não tenho mais nenhum motivo para manter ela aqui, eu sequer quero continuar olhando na cara dela, sei que não é de propósito, mas eu cansei.


— Você apertando a minha mão com muita força. — Reclamou novamente, talvez a quarta ou quinta vez desde que saímos da cafeteria.


Não tive outra opção a não ser manter o silêncio, nem quero gastar a minha energia para discutir com ela.


Jootaarooo... — Disse em um tom manhoso, ainda como reclamação. — Solta a minha mão.Eu a puxei com força, colocando ainda mais firmeza na mão que a segurava.


— Cala a porra dessa boca! — Gritei notando o semblante confuso se fixar a mim. — Se você continuar reclamando, eu juro que...


Inspirei tentando recuperar a calma, eu nunca deveria ameaçar ela para começo de conversa. Notei ela passar a mão livre pelo ombro do outro lado e virar-se para trás como se procurasse por alguma coisa.


— O que foi? — Perguntei observando ela retornar o olhar para frente, ainda confusa.


— O Josuke... — Se quer ousou me encarar, mantendo a mesma expressão. — Ele tava aqui agora a pouco, pra onde ele foi?


— Do que você falando? — Levantei o seu queixo com a minha mão livre, procurando por um contato visual do qual ela fugiu. — Você se despediu do Josuke na cafeteria, não lembra disso?


Finalmente nossos olhos se encontraram, mas ela permaneceu em silêncio, me fazendo suspirar pela falta de resposta.


Não, não teria sido pior se o Josuke não tivesse entrado na frente, seria até mais fácil pois eu poderia encher aquele cara de porrada sem pesar na consciência, e não estaria tão frustado a ponto de voltar para droga daquele estado onde eu estava quando a (nome) apareceu na minha vida.


Talvez isso seja um sinal, um sinal para que eu dê um fim na nossa relação e nunca mais deixe ninguém se aproximar de mim.


— Você não vai tomar banho? — Perguntei depois de sair do banheiro secando o meu cabelo com uma toalha, observando ela sentada lá naquela cadeira como se fosse voltar a escrever alguma porra de cartinha. — (nome), você me ouviu?


— Cadê o Josuke? — Proferiu de forma natural, encarando-me com um semblante confuso, como se estivesse perdida. — O que você fez com ele?


Suspirei, mas não foi por raiva, estou frustado demais para perder a paciência.— Ele foi pra casa, eu não fiz nada com ele. — Segurei levemente em seu braço induzindo ela a se levantar. — Você é movida a Josuke agora?

In Love With The Wrong One (Imagine)Onde histórias criam vida. Descubra agora