Nove

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Jotaro Kujo.

Logo que entrei dentro de casa, observei a (nome) sentada de frente para o balcão, mexendo em algumas coisas que ela dispôs sobre ele, e um tanto tímida, abriu um sorriso em minha direção e depois retornou o olhar para o vidro que tinha em mãos, lendo atentamente o rótulo.

— O que são essas coisas? — Me aproximei deixando um selar em sua bochecha e ela simplesmente estendeu um dos vidros, que eu peguei um tanto confuso.

— Lubrificante. — Respondeu simplista, atenta ao meu olhar sobre a embalagem.

— Por que tem... — Fiz uma conta rápida dos produtos ali em cima no instante em que ela tomou o vidro da minha mão. —... seis deles?

— Hmm... — Virou uma sacola de plástico sobre o mármore, de onde caiu outro vidro, além de um pacote de camisinhas. — Na verdade são sete, eu...

— Por que você comprou isso? — Interrompi ela franzindo o meu cenho bastante confuso, pegando os preservativos. — Não temos camisinhas o suficiente?

— Temos, eu só... — Desviou o olhar com as bochechas ruborizadas. — Quis experimentar essa...

Estalei a língua, não era de uma marca que eu estava acostumado usar, e ainda tinha a droga de sabor de menta.

— Eu não sou muito chegado nessa porra, não gosto do cheiro que isso costuma ter. — Dei de ombros. — E nem faz sentido pra gente, você quer me chupar com camisinha?

— Não, não é isso... Eu ouvi de uma amiga que deixa um frescor bom durante o sexo, fiquei curiosa, por isso comprei.

— Hmm... Se eu fosse você, não teria esperanças, eu nem conheço essa marca. — Disse enquanto abria a embalagem, e destaquei uma camisinha, abrindo-a em seguida. — E o cheiro é muito enjoativo.

— Para de frescura. — Tomou a pequena embalagem aberta, e removeu o preservativo inalando o odor. — Não é tão ruim assim, Jotaro... Dá pra usar.

— Tudo bem, você quer, a gente usa. — Estreitei meu olhar para os vidros deixando o pacote de camisinhas sobre o balcão. — Agora, por que isso tudo de lubrificante?

— Eu não conheço muito, fiquei em dúvida em qual comprar... — Cruzou o olhar tímido com o meu, esfregando a camisinha entre os dedos, espalhando ainda mais o odor daquela coisa. — Por isso trouxe de todas as marcas que eu achei.

Estalei a língua.

— A gente não precisa disso.

— Como assim não? — Franziu o cenho levemente irritada. — Como você pretende fazer aquilo sem lubrificante...

— Aquilo o que? — Não contive o sorriso de canto. — Comer o seu cu?

— Jotaro! — Desferiu um tapa em meu ombro e depois me puxou, escondendo o rosto corado no meu braço. — Não fala assim...

— Mas é a verdade, não? — Deixei uma risada escapar, observando ela negar com a cabeça quando murmurou em negativo. — Não precisa ficar com vergonha, você não vai ser a primeira pessoa a fazer isso, muito menos a última.

— É, eu sei, você já disse isso antes. — Suspirou afastando o rosto do meu braço, olhando diretamente nos meus olhos. — Mas... Você tem certeza de que não quer pedir outra coisa?

— Tenho. — Respondi com firmeza, estreitando o olhar na direção dela e deixando um suspiro escapar. — Vem, vamos fazer isso antes que você comece a fazer pirraça.

In Love With The Wrong One (Imagine)Onde histórias criam vida. Descubra agora