Beijos e Desavenças

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Nour beijava minha boca, e eu simplesmente assustado fiquei por alguns instantes sem reação. Até que realmente me toco do que estava acontecendo.
— Nour o que você está fazendo? — Pergunto enquanto seguro em seus braços afastando ela do meu corpo vagarosamente
— Eu... Eu achei que você queria — Ela diz e me olha com o olhar assustado
— Achou?
— Sim, naquele dia da festa nós dançamos juntos e como você não fez nada eu imaginei que eu deveria fazer — Ela responde com pressa
— Nour eu... eu nem sei o que te dizer
— Oh como eu sou uma idiota — Ela começa a ficar desestabilizada enquanto tenta fugir da sala
— Não fala isso eu... — Tento segura-la, mas sem sucesso, ela sai correndo e me deixa lá sozinho.

Que droga! A última coisa que eu queria era criar um clima ruim entre eu e Nour, mas ela realmente me pegou desprevenido. É claro que eu não deixei de notar suas básicas investidas em mim, mas não imaginei que seria algo tão real pra ela.

Me ajeito e olho para os cantos para ver se alguém estava por perto, ninguém, ufa! Assim que volto para o sala onde as meninas estavam noto que todas já estavam se arrumando para irmos embora. Assim, vou saindo da pela porta e digo:

— Meninas espero vocês lá no carro, Glenda obrigada, até mais — Aceno e saio

Quando saio para a rua, onde a van estava estacionada, deixo a porta aberta para as meninas entrarem, entro na van do lado do motorista e as aguardo.

E começo a pensar nas coisas que acabaram de acontecer. Eu gostava muito da Nour, mas não como ela parecia gostar de mim, meu coração aperta por fazê-la ficar triste como ela ficou, mas seu eu permitice e continuasse com aquele beijo eu não estaria sendo sincero com meus sentidos.

Afinal, naquele momento, meu coração estava totalmente voltado para Savannah. Ela não parecia se importar, aliás, ela estava fria como nunca antes. O que me faz pensar que eu jamais saberei compreende-la verdadeiramente, e isso me faz muito infeliz, pois eu estava convicto de que gostaria de me aproximar dela, mas se ela se mantém distante isso se torna impossível.

Em poucos minutos as meninas aparecem e logo Sina abre a porta de passageiro e diz:

— Como a Yonta não está aqui, eu vou na frente, quer vir comigo Nour?

Nour olha pra ela, abaixa a cabeça e entra na parte de trás da van sem dizer uma só palavra. Fica o maior climão e as meninas parecem não entender muito, claro apenas eu estava entendendo. Então, Sofya aparece e diz:

— Eu vou!

Todas as meninas entram na van , mas pelo cansaço ela parecem menos animadas do que na vinda, olho pelo retrovisor e todas se encostam nos bancos para dormir.

Dou partida no carro e começamos a voltar para Clarksville. Alguns minutos depois apenas Sina estava acordada e me perguntou baixinho:

— Você tem ideia do que aconteceu com a Nour?

— Não faço ideia — Eu tive que mentir, não seria conveniente falar que Nour me beijou e eu neguei seu beijo

— Ela está estranha, e ela não é assim — Ela conclui, eu fico em silêncio e ela logo cochila como as outras

O trajeto de volta para Clarksville foi bem tranquilo, quando chegamos já era quase 2:00 PM, assim que estaciono. Yonta aparece do nada no estacionamento, abre a porta da van e diz.

— Meninas acordem! Vocês demoraram bastante, já passou do horário do almoço, venham todas para o restaurante, alguns dos pais de vocês estão esperando vocês lá.

As meninas começam a acordar, cansadas e logo se deslocam para o salão

— Zane, vá para a cozinha, Krystian precisa da sua ajuda por lá.

Somente Ela | Savannah/Zane Clarter/ZavannahOnde histórias criam vida. Descubra agora