Capítulo VI

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Roger Guedes

Acordo com o peso de Yuri no meu peito e faço um cafuné na sua cabeça.
Meu celular começa a vibrar na escrivaninha indicando que chegaram mensagens, Yuri acorda com o barulho e fita meus olhos.
- Bom dia Yuyu, tá sentindo dor?
- Bom dia loirinho, tô com muita - Ele faz um beicinho que acho no mínimo adorável e eu deixo um selinho demorado.- Você acabou comigo Guedinho.
- Tomarei isso como um elogio. Vou pegar um remédio, tá bom?
- Obrigado.- O moreno diz e eu pego meu celular pra olhar as mensagens que haviam chegado mais cedo, eram da minha mãe dizendo que o Ryan está melhor.

Saio do quarto, desço as escadas e caminho até a cozinha. Deixo meu celular no balcão e abro a porta de um dos armários a procura da caixa de remédios. Acho um pra dor muscular, deve resolver, né?

Respondo minha mãe com um "ok".
Pego um copo de água pro Yuri e volto para o meu quarto.

Yuri Alberto

Vejo o loiro chegar com uma cartela de comprimidos e um copo de água e se sentar ao meu lado.
- E aí, já sabe se vai pra minha casa hoje?- pergunto pois sei que a Ysis deve estar ansiosa, e eu também tô um pouquinho.
- Aquela hora era minha mãe mandando mensagem, ela disse que o Ryan tá bem, então a gente vai sim.- Fico bem feliz com a notícia e um sorriso aparece nos meus lábios

- Ah, que bom, então vou ter que comprar umas coisas pra gente.- Digo bebendo água e engolindo o comprimido.
- Tipo o quê?- O loiro pergunta se aconchegando no meu peito.
- Não sei, carne pra churrasco, talvez?
- Ah, sim! Eu vou buscar o Ryan antes do meio-dia.
- Acho que vou buscar a Ysis daqui a pouco pra gente ir comprar as coisas. Ela gosta de sair comigo.- Digo fazendo carinho no loiro.

- Você tá em condições?- Roger me provoca.
- Ah, cara!- Digo fingindo indignação. - Vou ser ativo da próxima vez, você vai ver.
- Mal posso esperar, gatinho. Mas sério, a gente pode ir junto.
- Tá bom, meu carro nem tá aqui também.

Roger se levanta e pega uma toalha.
- Vou tomar banho rapidinho.- O loiro fala entrando no banheiro
- Sim, claro. "Rapidinho" de uma hora.
- Eu ouvi, tá? Se vai ficar com tanta saudade assim é só se juntar a mim.

Para a surpresa do loiro eu apareço no banheiro. Nós tomamos um banho e fizemos nossa higiene pessoal rápido porque eu fiquei apressando ele.

Nos vestimos, quer dizer, eu me vesti. Roger ainda estava escolhendo a roupa que iria usar.
- Você demora taaaanto.
- É porque eu tenho que ficar estiloso, querido.
- Claro... querido.- Me jogo na cama e espero o loiro.

Se eu disser que ele demorou meia-hora pra escolher uma roupa foi pouco, mas finalmente ele estava pronto. Nós fomos pra cozinha e a café da manhã estava em cima do balcão.
- Você quem fez?
- Não, foi a dona Laura.- Ele diz e eu coro.
- Ela... dormiu aqui?
-Sim?- Ele responde meio que em uma pergunta, eu só consigo pensar que ela pode ter ouvido meus gemidos ontem a noite.
- Tá tudo bem? Você tá vermelho. - O loiro pergunta pondo a mão na minha testa.
- Tô, é que ela deve ter escutado a gente ontem.
-Ah.- Agora quem estava corado era ele.
- Bom, esquece isso, vamos comer e buscar as crianças.

Nós comemos e fomos na casa da mãe do Roger buscar o Ryan porque a dos meus pais já era o caminho da volta. Durante o trajeto nós conversamos sobre o jogo de estreia do Paulistão que aconteceria no domingo, eu disse que não vou conseguir jogar, já até mandei mensagem pro professor dizendo que estou com o "tornozelo machucado". É, definitivamente, o loiro acabou comigo.

O loiro mandou um áudio pra sua mãe dizendo que havíamos chegado e rapidamente ela respondeu dizendo para entrarmos.

- Vamos?- O loiro me chama tirando deu cinto de segurança e saindo do carro.
- Tô indo, loirinho.- Digo fazendo o mesmo.

Caminhamos até a porta que foi aberta pela dona Marisa após Roger dar três batidas.

- Bom dia meninos!- A mulher diz sorrindo e fazendo gestos pra gente entrar.
- Bom dia, com licença.- Disse educadamente entrando atrás de Roger.
- Bom dia mãe.- Assim que Ryan percebe o Roger ali vai correndo pro colo do mesmo.

- Oi papai!- O pequeno dá um beijo na bochecha do pai e se vira pra mim.- Tio Yuriii!
- Oi Ryan.- Digo sorrindo e logo em seguida o pegando no colo.- Tá pronto pra gente ir?
- Sim, titio.
- Vocês não vão querer nem um cafezinho?- A mulher pergunta.
- A gente comeu antes de vir.- O loiro diz sorrindo pra mãe.
- Ah, tudo bem então.

Nós conversamos um pouco com a mais velha e nos despedimos. Agora Roger estava colocando seu cinto e dando partida no carro.

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