Coisas Inusitadas!

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Sana e Dahyun estavam a todo vapor na pista de dança. Parece que o acontecimento anterior serviu para deixá-las mais do que energizadas. As duas dançavam extremamente perto e não se restringiam quanto a tocar ousadamente no corpo uma da outra. A loira, por exemplo, a todo momento enfiava suas mãos por dentro da camisa, quase aberta da mais velha, acariciava e arranhava o abdômen alheio com vontade. A morena também não se limitava e fazia questão de provocar na mesma medida.

Elas já haviam bebido bastante, no entanto, sem dúvidas a japonesa era a mais alterada e no momento olhava quase que hipnotizada para sua namorada que estava de costas para si e fora assim que rebolou contra seu quadril, em seguida desceu, rebolando lentamente, tudo isso enquanto usava as mãos para mexer e deixar suas mechas loiras bem mais revoltosas do que o normal e a Minatozaki ficou ainda mais fora de si quando a cheerleader torceu o pescoço e a olhou de um jeito completamente malicioso, enquanto um sorriso semelhante surgia em seus lábios. Foi demais e a mais velha não custou a pôr ambas as mãos na cintura da coreana quando esta subiu novamente e levou a destra a sua nuca onde arranhou fraco.

__Merda, você é maravilhosa, amor! – sussurrou contra a orelha da menor que não parou de dançar, consequentemente induzindo seu corpo colado ao dela, a fazer o mesmo. A Kim soltou uma risada alta, fechou os olhos e se permitiu apreciar a dança quente com a estrangeira. Ela adorava a enorme sensação calorosa cada vez que suas peles roçavam, no entanto, já estava cansada de tanto dançar, por isso, no mesmo segundo virou nos braços firmes que a cercavam e enlaçou os ombros da maior, antes de tomar a boca desta num beijo desesperado, porém, rápido.

Quando o ósculo fora rompido, ambas se olharam e trocaram sorrisos cúmplices.

__Acho melhor irmos pra casa! – Dahyun disse. Não houve protestos, a mais velha apenas assentiu, deixou que seus dedos se entrelaçassem aos da líder de torcida que pouco depois começou a arrastá-la para fora do estabelecimento.

Nem sinal de suas amigas, provavelmente todas tinham ido embora, pois já estava muito tarde. Logo o casal chegou na porta, que por sinal ainda se encontrava bastante movimentada.

__Amor, meu telefone ficou em casa, me empresta o seu pra eu poder chamar um táxi – Dahyun pediu e se segurou para não rir quando Sana, de um jeito muito atrapalhado, procurou em seus bolsos o aparelho e riu como uma criança quando o encontrou no traseiro.

__Aqui, Hyun! – murmurou, estendendo o celular para si que não custou a pegar e abrir no aplicativo.

__Obrigada, gatinha! – disse e sentiu um sorriso surgir em seus lábios quando a morena a abraçou por trás e apoiou o queixo em seu ombro esquerdo. 

Alguns minutos se passaram, ela até mesmo achou que a mais velha tinha dormido, literalmente em si, mas arqueou uma sobrancelha quando ouviu esta murmurando coisas incompreensíveis.

__Sannie, o que você está falando aí? – perguntou curiosa, instantes depois ouviu uma risadinha grogue.

__Tô recitando um poema – a japonesa respondeu de olhos fechados, apenas curtindo a brisa da noite enquanto sentia o cheiro gostoso que exalava da loira, esta que ficou um pouco confusa.

__Desde quando você gosta de poemas? – questionou, agora bem humorada, segurando com uma de suas mãos os braços que a cercavam, já que a outra ainda segurava o telefone alheio.

__Sabe, eu descobri que quando estamos apaixonados, começamos a ver beleza em coisas que até então pra gente eram inusitadas. Eu li na obra de um escritor brasileiro…– por um momento Sana parou de falar e a Kim que só prestava atenção naquelas palavras arrastadas, estranhou, mas sorriu quando a outra prosseguiu __Merda… Eu não lembro o que tinha no poema, mas sei que estou muito feliz agora. Você pode não acreditar por achar que estou bêbada, porém, meu coração tá borbulhando no momento. Droga, Dahyun… estou muito feliz por você estar aqui comigo – acrescentou, puxando ainda mais contra si, o corpo alheio.

Cheerleader's Bet - (SaiDa - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora