Yelena sempre foi apaixonada por futebol, seu pai é brasileiro, então desde pequena já sabia tudo sobre o esporte. A garotinha jogava desde seus 6 anos no mesmo time com suas colegas de escola, mas após ser expulsa por uma pequena confusão, mudará p...
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Fizemos uma pilha de travesseiros na minha cama, com cobertas por cima para simular uma Yelena que dormia em paz enquanto a outra Yelena ia em uma festa rapidinho e já voltava.
Depois disso, Miguel desce novamente pela janela. Minha casa não era muito alta, então combinamos que ele desceria e que me ajudaria em seguida.
-Pode vir- ele diz, quando chega no chão
-Onde que eu fui me meter- murmuro para mim mesma
Quando olho para baixo, o moreno está com os braços estendidos pra cima, mas seus olhos estão fechados.
-Você tá de sacanagem comigo, né?- falo
-O que?-
-Como você vai saber onde eu vou cair?- ironizo
-Você tá de vestido, Yelena, eu não posso ficar de olho aberto- ele diz contrariado, ainda sem abrir os olhos
Sorrio do garoto, fofo. Eu obviamente já tinha pensado nisso antes, tinha colocado aqueles shorts finos de academia por baixo do vestido.
-Eu tô de short por baixo, bocó- falo segurando o riso
-Podia ter dito antes- Miguel resmunga, finalmente abrindo os olhos
Me sento na beirada da janela, com as pernas pra fora. É o mesmo sentimento de quando vamos pular um muro alto, quando a gente sabe que consegue mas ainda sim não pula pelo medo.
-Vai parar pra refletir sobre a vida logo agora?- o menino me apressa
Suspiro, era agora ou nunca. Foi minha vez de fechar os olhos e me jogar, literalmente.
Fiz meu máximo para não gritar, mas não demorou para que eu sentisse Miguel me segurar, diminuindo o impacto da queda. Me agarrei no seu pescoço pelo susto, praticamente o abraçando.
Meu coração tinha disparado, me separei do moreno, mas ainda segurando em seus ombros.
-Nunca mais!- falo ofegante
Ele sorri e mexe na parte de cima do meu cabelo, provavelmente arrumando.
-Dramática-
Miguel tinha explicado que tinha estacionado a moto um pouco afastado da minha casa, para que não houvesse suspeitas. Então, deixo ele me guiar até o automóvel.
-Eu não sabia que você pilotava- digo enquanto caminhávamos
-Ano que vem faço 16, quando eu puder dirigir e pilotar legalmente, vai ser mais fácil- ele responde
Caramba, ano que vem já vamos poder dirigir e pilotar, eu não tinha parado pra pensar nisso.
-É logo ali- o garoto indica logo à frente a moto que estava parada
