Por volta das sete da manhã, me levantei e comecei a me arrumar para ir me inscrever naquele tal time que meu pai havia dito. Dei graças a Deus que minhas aulas ainda não tinham começado e não teria que encarar as garotas do meu antigo time.
Quando cheguei silenciosamente na sala, Grace tentava abrir a porta bem devagar. Essa doida ia sair sem mim?
-Indo pra algum lugar?- falei
Ela deu um gritinho, juntamente com um pulo para trás.
-Parece assombração garota- a mulher diz com a mão no coração- Eu já estava saindo, você estava me atrasando
Santa paciência, logo de manhã que meu humor fica o pior possível.
-Não passou nem dois minutos da hora combinada?- respondi
A loira apenas bufou, abriu a porta e saiu, esperando que eu fosse atrás. Como eu não tinha muita opção né, eu fui. O caminho foi muito silencioso, eu não falava com ela e ela não falava comigo, não que eu esteja reclamando.
Quando finalmente chegamos no lugar, eu já podia ver um campo bem organizado e um pequeno clube ao lado. Parecia tudo bem chique, até melhor do que o antigo.
-Quando precisar que te busquem, me manda mensagem- a mulher falou enquanto estacionava em frente
-Hum, tá- não fiz muita questão de agradecer, apenas sai do carro e fui em direção ao clube
Quando passei da entrada, vi o quanto era bonito lá dentro. Parecia ter um bar com sucos e suplementos para quem joga ou malha, a grama do campo era bem verdinha e parecia recém cortada, com um monte de garotas já jogando lá.
Reparei em como aquelas meninas jogavam bem, agora sim eu poderia ter um jogo de verdade, o meu outro time chegava a ser piada. Fiquei hipnotizada pela ideia de estar ali jogando com elas.
-Você é a garota nova?- levo um susto com uma morena atrás de mim
Ela era bem bonita, tinha um rosto simpático e até mesmo tive a impressão de já ter visto ela em algum lugar.
-Eu espero ser- respondi sorrindo
-Eu sou a Madeleine- a menina de olhos azuis se apresenta, sorrindo de volta- Mas pode me chamar de Maddy
Ela me dá um leve abraço de lado, fico meio sem jeito com isso, eu não diria que sou uma pessoa chegada a toque físico.
-Eu sou a Yelena... só Yelena- reparei que ninguém nunca me apelidou, não de forma carinhosa pelo menos.
Eu não tenho muitas amigas, na verdade tenho apenas uma, a Anna que estuda comigo, e geralmente ela me chama de burra, anta ou qualquer outro apelido assim, mas sei que é nossa forma de expressar carinho.
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Brazilian Player- Mikey
Teen FictionYelena sempre foi apaixonada por futebol, seu pai é brasileiro, então desde pequena já sabia tudo sobre o esporte. A garotinha jogava desde seus 6 anos no mesmo time com suas colegas de escola, mas após ser expulsa por uma pequena confusão, mudará p...