Hawkins Indiana 1984 uma cidade não tão pacata como aparentava ser, Maya Grace Hopper é uma adolescente, filha do delegado local da pequena cidade, com acontecimentos do ano anterior ela enfrenta uma nova habitação, sem monstros, sem a garota com ca...
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Maya Hopper
TIA JOYCE NOS PEGOU NA ESCOLA E partimos para a casa dela, mas no caminho disse que ela poderia me deixar na cidade, eu iria no mercado e depois a delegacia, arrumaria algum jeito de ir para casa, já que papai não poderia sair cedo da delegacia hoje. Caminho pelas ruas de Hawkins a procura de um mercado mais perto de onde Joyce havia me deixado.
Avisto um e entro dentro do mesmo, meu pai tinha me deixado um dinheiro, então iria fazer uma surpresa para Onze, ela nunca teve uma mãe, queria transmitir esse sentimento para ela, de cuidado, carinho, comunicação coisas que nunca tive, não de uma mãe, sempre foi meu pai, minha mãe me abandonou quando era uma bebê eu nem ao menos me lembro de seu rosto. Não queria que Onze ficasse assim, gosto muito dela, tenho a On como se fosse minha irmã.
Passo os corredores do supermercado, procurando waffles, lá em casa tinha acabado e é a comida preferida da Onze, pego duas caixas e vou até onde ficava o sorvete, pego um pote do sabor chocolate, e um donuts de cereja, meu preferido. Ando até o caixa com as coisas na mão, o homem passa e eu observo o cartaz atrás dele, era do Will, estava escrito " garoto que voltou a vida " revirei os olhos.
- Está faltando dois dólares. - o homem barbudo diz, procuro o dinheiro na bolsa, para mim tava aqui, tudo certinho.
- Eu...calma vou procurar. - falo pegando a mochila e vasculhando.
- Não tem ? - o homem pergunta me olhando com tédio.
- Não. - falo o olhando.
- Então devolve. - ele diz grosso.
- Pode passar no meu nome. - ouço uma voz e olho para o lado, era Steve, sim Steve Harrington, ele estava alí.
- A conta é dela rapazinho. - o homem diz o olhando com tédio também.
- Eu pago, pode ficar com as coisas. - Steve diz me olhando com um sorriso.
O homem pega o dinheiro do moreno e passa minhas coisas.
- Obrigada. - falo para Steve e saio do mercado, ficar na presença dele me deixava um pouco nervosa, sempre gostei dele mesmo antes da Nancy gostar dele, mas agora é diferente, ele está namorando com ela, e eu devo banir esse sentimento, não posso pensar nele, Nancy é minha amiga e eu não vou a trair, e porque nunca disse nada a ela antes? Porque Steve sempre foi um babaca, ainda mais ano passado, esse ano também mas um pouco menos.
- Ei espera. - escuto sua voz e paro olhando para trás. - é amiga da Nancy não é? - ele pergunta parando na minha frente com as mãos na cintura
- Sou, nunca tinha me visto antes? - pergunto olhando em seus olhos.
- Eu...- ele estrala os dedos tentando lembrar. - acho que sim umas vezes com ela, mas nunca nos falamos né. - ele diz também me olhando.
- Não, nunca nos falamos. - falo segurando a sacola nas mãos.
- Você está sozinha? Posso te levar em casa. - ele diz apontando com a mão seu carro um pouco mais a frente. - se você quiser claro.
- Ah não, não precisa eu vou para a delegacia, meu pai e eu vamos para casa. - falo sorrindo, não poderia correr o risco de alguém ver a On.
- Ah tudo bem então. - ele diz balançando a cabeça. - vai na festa da Tina ? - ele pergunta.
- Não sei, vou pedir doces com o irmão da Nancy e uns garotos. - falo explicando.
- Certo, mas se tiver um tempo vá, Nancy vai gostar. - ele diz sorrindo.
- Claro, eu já vou indo Steve, obrigada por isso. - falo olhando as sacolas, ele assenti com a cabeça
- Não foi nada. - ele diz gentilmente. Saio dali e vou a delegacia, chego lá e cumprimento o pessoal, eles sorriem e falam comigo, vou até a geladeira e coloco as sacolas, para não correr o risco do sorvete derreter, pego o donuts e dou uma mordida.
Abro a porta da sala do meu pai, ele estava falando no celular, levanto as sombrancelhas sorrindo o olhando, ele sorri, sento na cadeira e continuo comendo o donuts.
- Oi minha filha, ligação, assuntos do serviço. - ele diz apontando para o telefone.
- Eu sei. - falo concordando. - pai tem como me levar em casa ? - falo o olhando.
- Claro, não ia ficar na casa da Nancy um pouco? - ele pergunta confuso, geralmente depois da escola fico na casa dela.
- Não, quero ficar um pouco com a On. - falo baixo.
- Certo, vou resolver um assunto, te deixo lá. - ele diz se levantando, saímos e vou até a geladeira pegando as coisas.
Chegamos em casa e Onze abre para mim, levo as coisas até a cozinha, ela me segue curiosa.
- O que trouxe? - ela pergunta com a voz calma.
- Adivinha...- falo tirando as caixas de waffles da sacola, mostrando para ela, Onze sorri.
- Obrigada Maya. - Onze diz pegando as caixas de waffles da minha mão.
- E trouxe sorvete também, para você experimentar, é uma delícia juro. - falo pegando o pote e o abrindo
- Tá passando uma coisa na TV, acho que se chama filme, vamos ver ? - ela diz preparando os waffles com chocolate.
- Claro, só vou colocar o sorvete. - falo pegando duas tigelas. Coloco bastante sorvete para nós duas e vamos para o sofá, On pegou quatro waffles e colocou em um prato para nós duas.
Assistimos o filme e ela prestava atenção em tudo, como se fosse algo mágico. Terminamos e pegamos mais sorvete, estamos sentadas no sofá e conversando.
- Sabe vai ter uma festa de uma menina da escola. - falo mechendo no sorvete da minha tigela, Onze me olha com atenção, enquanto toma seu sorvete.
- E ? - ela diz me olhando.
- Me convidaram, mas não sei se vou. - falo a olhando.
- Vai May, acho que é o legal. - ela diz dando de ombros, certamente não sabia o que era uma festa.
- O difícil será convencer o papai. - falo rindo, ela solta uma risadinha.
Ficamos conversando e rindo um pouco, até pegarmos no sono, no sofá mesmo e as tigelas jogadas sobre a mesinha de centro.
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