𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢

027: Perdão

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◆   Boa Leitura     ◆

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Como haviam combinado, Luo chegou a casa do namorado e ficou esperando que ele terminasse o banho, então, sem muito oque fazer, ele sentou na mesa e puxou o caderno que tinha sobre ela, tirou o lápis do lado e começou a tentar terminar seu desenho, com a frequência que ele ia ao apartamento do médico, alguns de seus materiais de pintura estavam lá, ou Chen simplesmente comprava quando via algo que talvez o jovem fosse gostar. Aquela noite em especial, ambos iriam a casa da senhora Feiyu, no dia anterior, Luo havia conhecido a mulher quando acordou na casa do homem e o encontro não foi tão bom quanto deveria, mas ele agradeceu o fato dela ter entendido, pois como a surpresa que ela teve por conhecer o namorado do filho, ela queria abraçar, mas Luo não respondeu como queria, ele ainda precisava se acostumar, mas Chen que havia chegado, conversou com a mãe e ela entendeu, logo pedindo desculpas ao jovem. O trio conversou um pouco e a mulher ficava ainda mais encantada com Luo e pediu para eles irem jantar em sua casa, o pedido não teve uma resposta de imediato, em parte, Chen não sabia se queria ir, mas depois que conversou com Luo, o jovem o aconselhou e enfim aceitaram.

— Desenho bonito. — Chen elogiou aparecendo atrás do outro, Luo nem sequer se assustava mais, pois o namorado sempre aparecia do nada.

— Sim, eu tenho um ótimo modelo. — levantando o rosto, Luo sorriu levemente e teve sua testa beijada pelo homem.

Olhando atentamente o desenho, Chen sorriu feliz quando viu que eram seus traços na folha.

— Eu vou querer ficar com ele. — apontou para o desenho e Luo assentiu.

Ficando de pé, o jovem observou o homem arrumado, ele estava lindo, e o cheiro que vinha dele era bom. Chen também observava o namorado com atenção.

— Você está perfeito. — elogiou tocando levemente a ponta do nariz dele.

— Obrigado. — sorriu envergonhado. Depois de observar as feições do homem, Luo percebeu que embora ele tentasse se manter calmo, Chen estava tenso. — Você não quer ir?

— É difícil. — contou não tentando se surpreender com o fato de que Luo conseguia entendê-lo apenas com um olhar. — As chances deles estarem lá são altas.

Segurando as mãos do homem, Luo acariciou levemente.

— Você já pensou em perdoar? — a pergunta fez com que o médico desviasse os olhos. — Uma vez você me disse que seu irmão tentou diversas formas de falar com você, não foi? — parou um pouco e Chen assentiu. — Sabe, às vezes tudo que nós precisamos é perdoar, eu não sei bem, mas se não quiser fazer isso por eles, faça por você, faça para você ficar bem consigo mesmo, lembrar do passado e de coisas ruins, não é bom, nos deixa exausto.

— Estou começando a achar que você vai ser meu psicólogo agora. — tentando brincar para aliviar, Chen fez o jovem sorrir.

— Você sabe que eu tenho razão. — balançou as mãos do homem.

— Eu sei, meu bem. — concordou por fim, então ele se aproximou e beijou a bochecha dele.

— Chen, eu quero que você me beije. — pediu e o outro olhou sem jeito.

Chen que já estava perto, continuou olhando nos olhos do jovem e depois desviou para seus lábios, então ele juntou-os, levemente, — aquele era o primeiro beijo —. Luo fechou os olhos e deixou se levar pela sensação, aos poucos os lábios passaram a se mover devagar dando início a um ato lento. Colocando as mãos nos ombros do homem, Luo sentiu um arrepio em seu corpo quando a mão dele foi para a sua nuca e a outra para a cintura, seu coração estava tão acelerado que ele pensou seriamente se o outro pudesse escutar, o fato de estar acontecendo daquela forma, como tanta calma, Luo pode sentir que o namorado sempre o tocaria com amor, e isso aumentou um pouco mais seu amor por ele.