006: Liberdade?

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◆   Boa Leitura     ◆

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Um ano depois:

Acordando de mais um dos pesadelos que o assombra a quatro anos atrás, Xiao Zhan abriu seus olhos assustados e vazios, mas que gritavam desesperados pela culpa.

Virando-se de lado, o homem olhou para o relógio que ficava sobre o criado-mudo de cor clara, ainda faltava uma hora para sair de casa, talvez ele pudesse dormir mais pouco, no entanto como fechar os olhos e tentar procurar paz em algum lugar no fundo de sua mente se pode ser pego novamente pelas lembranças daquela noite?

Desviando meramente o olhar, Xiao observou a foto que havia ali, uma foto sua e das duas pessoas que mais sentiam falta.

Como ele queria voltar no passado e poder ter chegado mais cedo em casa, jantando com o marido e tentando recuperar o amor que havia se perdido com o tempo, queria ter posto o filho para dormir depois de ler seu livro favorito e depois cobri-lo com o cobertor azul quentinho para ante de sair dar um demorado beijo em seus cabelos confessando que o amava e ele era o maior presente que a vida tinha lhe dado.

Xiao Zhan queria fazer tantas coisas.

A tristeza nublou em seu rosto aparentemente cansado, a anos que Xiao zhan está abatido, sua vontade de viver se fora a muitos anos.

Hoje a única coisa que o compõe é apenas a dor e a culpa.

Olhando novamente para o relógio que já marcava 5:50 da manhã, Xiao sentou na cama e sentiu uma leve tontura deixando sua visão um pouco turva, mas não era algo que ele precisasse se importar. Minutos depois ele seguiu para o banheiro, mas ao se olhar no espelho, o reconhecimento da desaprovação despontou em seu rosto.

Estava péssimo.

Abaixando a cabeça, ele ligou a torneira, juntou bas as mãos pegando um pouco de água e levando em seu rosto para tentar de alguma forma despertar completamente, pois iniciaria mais uma manhã de trabalhando ouvindo seus pacientes sobre medo e inseguranças, traumas e outros problemas, sendo Xiao Zhan a pessoa qualificada para poder aconselhar e ajudar a seguir uma direção.

Uma pena que a sua profissão não se adapta para si, pois não importa o quanto tenha estudado para ser um bom psicólogo, todas as palavras sábias que usava com os pacientes, Xiao Zhan não conseguia encontrar nenhuma palavra para ajudar a si mesmo.

Depois de passar um tempo no banheiro, Xiao Zhan saiu e começou a se arrumar, minutos depois preparou um pouco de café amargo para si, e a todo momento ele só pensava neles.

Não importa qual seja a hora do dia, Xiao zhan sempre vai pensar na família que perdeu.

O trânsito daquela manhã não estava tão monstruoso como se alguns dias específicos, a clínica própria exercia alguns profissionais, sendo Xiao Zhan o psicólogo.

Estacionando o carro, o homem cumprimentou gentilmente o segurança que ficava na entrada, algumas poucas pessoas já estavam no local esperando para sua vez de ser consultada, todas elas, o moreno desejava bom dia.

— Bom dia, Hina. — cumprimentou olhando para a secretária que atendia uma mulher acompanhada de uma adolescente.

— Bom dia, senhor Xiao. — sorriu docemente para o homem e logo voltou a prestar atenção na mulher.

Continuando seu trajeto, Xiao Zhan parou em frente a porta de sua sala, então ele entrou, pôs a bolsa sobre uma poltrona, tirou o terno e sentou na cadeira, ajeitou algo que não precisava organizar, mas que por uma mania sua, não conseguiu impedir.

𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora