018: Um Pouco Do Passado

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◆   Boa Leitura     ◆

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Parado em frente ao prédio onde se localizava a clínica, Luo encarava tudo com atenção, assim como também bastante medo. Desde que havia recebido o cartão de Chen, ele não pensou muito, apenas ligou e marcou uma consulta com o doutor Xiao.

Criando coragem, o jovem entrou e logo observou algumas poucas pessoas e tentou não se manter tão afetado. Ao se aproximar do balcão, ele cumprimentou uma senhorita que logo o encaminhou para a fila de espera e com sorte, ele seria o próximo a ser atendido. Quando ele sentou na cadeira, não esperou muito porque logo a porta foi aberta e a jovem saiu dando lugar para ele entrar. Depois de respirar fundo, ele entrou e viu o homem alto ficar de pé, assim como um sorriso gentil.

— Bom dia senhor Yunxi. — Xiao desejou dando volta na mesa ficando em frente a ela.

— Ah, bom dia, me chame apenas de Luo, é estranho ser chamado de senhor. — pediu.

— Como desejar. — assentindo, Xiao ficou em silêncio por um tempo enquanto observava o jovem, ele parecia muito tenso. — Bom, vamos começar?

— Acho que sim.

— Por que você não se deita naquela poltrona? Tem água ali do lado, não me veja como um curioso pressionador, ao contrário, faremos tudo conforme no seu tempo, caso não se sinta confortável, não tem problema, faremos quantas sessões você desejar, tudo bem? — puxando uma cadeira e pegando um bloco de papel e uma caneta, Xiao falou calmamente.

— Tá bom. — sentando na poltrona, Luo não demorou a deitar até encontrar uma posição confortável, então ele encarou o teto.

— Como você está? — Xiao  perguntou olhando.

— Hum, bem, eu acho. — respondeu receoso.

— Você teve uma boa noite de sono? Tomou café essa manhã? — ao perguntar, Xiao viu o jovem franzir o cenho, mas a verdade era que para ele chegar em perguntas mais profundas, ele precisaria fazer primeiro as que pareciam nada haver.

— Às vezes é difícil dormir. E sim, tomei café. — ajeitando a cabeça na poltrona, ele suspirou.

— Luo, oque você mais gosta de fazer? Qualquer coisa, até mesmo ficar só olhando para para o nada, vale.

— Nos últimos dias eu não sei muito, eu acordei do coma e não faço tantas coisas, mas eu gosto de pintar. — fechou os olhos imaginando quanto tempo passa em frente a uma tela branca.

— Hum, entendi. — murmurou escrevendo um pouco. — Sempre gostou de pintar?

— Sim, desde criança.

— E você faz isso profissionalmente ou só por diversão?

— Nunca mostrei para ninguém, eu sinto receio, as vezes acho que não sou bom. — confessou baixinho.

— Sabe, todos nós somos bons em alguma coisa, acredito que você é um bom pintor. — ao falar, ele viu o outro sorrir quase que imperceptível. — Você trabalha?

— Sim, meu irmão me deu uma vaga no hospital onde ele trabalha, é na lanchonete. — respondeu após um tempo.

— E você gosta de lá? — quando perguntou, o jovem assentiu. — E as pessoas que trabalham com você, são boas?

— Tem a dona do lugar, ela é uma senhora muito doce, ela gosta de sorrir, há também o Sune e a Mel, eles são netos dela, os dois também são pessoas boas, e meu irmão. — citou cada um calmamente.

𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐐𝐮𝐞𝐛𝐫𝐚𝐝𝐚𝐬 || 𝐙𝐡𝐚𝐧𝐲𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora